São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice ELEIÇÕES 2002 Ciro abre guerra contra o TSE; Serra reage e vê 'coronelismo'   Líder do PPS lança suspeita sobre relações entre membros da Justiça Eleitoral e candidato tucano   Jobim responde ao PPS e afirma que decisões do tribunal não se resolvem com mobilização política Um dia depois de Ciro Gomes lançar suspeitas sobre as decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a Frente Trabalhista que o apóia aprofundou o confronto e, na prática, abriu guerra contra o tribunal. Integrantes da coligação do presidenciável decidiram solicitar a presença de observadores internacionais para acompanhar a disputa e defenderam até mesmo a extinção da Justiça Eleitoral. Mais ainda. Em nota assinada pelo líder do partido na Câmara, João Herrmann, o PPS insinua que as decisões do TSE favoráveis ao candidato José Serra (PSDB) estariam sendo motivadas por relações pessoais de alguns de seus integrantes, entre eles o seu presidente, ministro Nelson Jobim, com Serra e com o presidente Fernando Henrique Cardoso. A campanha de Serra reagiu de maneira igualmente áspera. Em nota, os presidentes do PSDB e do PMDB, José Aníbal e Michel Temer, dizem que "os setores mais radicais da Frente Trabalhista querem trazer para as eleições as piores práticas coronelistas" e acusam Ciro de tentar "constranger os juízes" do TSE. Jobim negou que a Justiça Eleitoral esteja atravessando uma crise e declarou que pressões políticas não afetarão o tribunal. ""O que nós temos de deixar muito claro é que decisão de tribunal não se resolve por mobilização política", afirmou. No Rio, Ciro disse não haver hoje no país ""segurança jurídica". Nova decisão do TSE ameaça o candidato de perder até dez dias de inserções na TV e de ter parte de um programa em bloco cortado. Em clima tenso, o vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva, foi ouvido pelo Ministério Público Federal sobre supostas irregularidades em sua gestão na Força Sindical. Disse ser vítima de "armação" e aproveitou para atacar Serra e a ministra Anadyr de Mendonça Rodrigues. Texto Anterior: Visita à Folha: Juízes federais debatem relação com imprensa Próximo Texto: Investigação: Paulinho depõe e ataca Serra e Anadyr Índice

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