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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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PROTESTO ROUCO

Figura do presidente deve ser preservada das manifestações; crítica à Alca será um dos alvos dos protestos

Lula deve ser poupado no Grito dos Excluídos

DAS REGIONAIS

A oitava edição do Grito dos Excluídos, que acontece hoje em várias partes do país, deve ser marcada pelo tom ameno nos protestos e, ao contrário dos anos anteriores, não deve ter a figura do presidente como principal alvo de ataques e críticas.
O motivo para a mudança de atitude é que esta será a primeira manifestação durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem a empatia da maioria dos que protestam.
Desde a primeira edição, o PT sempre teve participação ativa nas manifestações, embora a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) insista em afirmar que o Grito dos Excluídos é um evento apartidário.
Em 1998, ano da campanhas eleitoral, o ato foi marcado por atividades de apoio a Lula que, na época, disputava a Presidência, mas acabou perdendo para Fernando Henrique Cardoso.
A versão é confirmada pelo bispo Demétrio Valentini, representante da CNBB na coordenação do evento. Embora tenha relutado, no início, em concordar com a idéia de "tom ameno", já que, segundo ele, as reivindicações são as mesmas, o bispo admitiu que "a tendência é que a figura do presidente seja mais respeitada".
Ele fez questão de enfatizar, no entanto, que as manifestações contra o governo que aconteceram nos anos anteriores foram espontâneas. "Não é esse o objetivo do evento: atacar o governo e os governantes. Mas não podemos coibir a liberdade de expressão."
A subsede da CUT no Vale do Paraíba só decidiu anteontem, por orientação da direção estadual, enviar um grupo de sindicalistas a Aparecida, segundo o coordenador regional Odnir da Silva, 50.



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