DA REPORTAGEM LOCAL

A arrecadação de campanha dos três principais candidatos ao governo de São Paulo segue as pesquisas de intenção de votos: o tucano José Serra aparece em primeiro, seguido pelo petista Aloizio Mercadante e pelo peemedebista Orestes Quércia, em terceiro.
De acordo com os dados fornecidos ontem pelos candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nos dois meses de campanha Serra arrecadou R$ 9 milhões, contra R$ 7 milhões do petista e R$ 2,4 milhões do ex-governador. O tucano afirmou ter arrecadado dentro da previsão. "Mas ainda não é suficiente, porque o Orçamento é bem maior do que esse. Depende também se vai ter ou não segundo turno", afirmou o candidato, que prevê um teto de gasto de R$ 45 milhões.
No relatório divulgado pelo TSE, o ex-prefeito de São Paulo não aparece com gastos no período. Segundo a equipe de finanças do tucano, o tribunal não está contabilizando os gastos feitos pelo comitê eleitoral em nome de Serra, no valor de R$ 8,8 milhões. A equipe informou ter comunicado à Justiça para reparar o problema.
As despesas de Mercadante informadas à Justiça Eleitoral são de R$ 3,5 milhões, a metade do valor arrecadado. O responsável pela contabilidade petista, José Giacomo Baccarin, disse que a arrecadação também ocorreu dentro da previsão, mas que o "superávit" de R$ 3,5 milhões "está todo comprometido com os pagamentos programados para setembro". O senador estipulou teto de gastos de R$ 35 milhões.
Quércia, que na sabatina na Folha disse ter colocado R$ 1 milhão do próprio bolso do total arrecadado (R$ 2,4 milhões), informou à Justiça ter realizado despesas no período de R$ 2,2 milhões. Nas prestações parciais não há informação sobre os doadores.
(ROGÉRIO PAGNAN e LEANDRO BEGUOCI)


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