São Paulo, quinta-feira, 07 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Adversários babam de raiva, afirma Lula

Presidente diz em almoço com empresários do setor do turismo que tudo indica que ele será reeleito ainda no primeiro turno

Em comício sob forte chuva, petista diz que ninguém nunca vai acabar com sua raça, em referência a frase dita pelo presidente do PFL


PEDRO DIAS LEITE
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em comício ontem à noite em Ceilândia, no Distrito Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, afirmou que seus adversários "estão tão nervosos que chegam até a babar de raiva". Mais cedo, em almoço com representantes de setores ligados ao turismo, Lula havia dito que "tudo indica" que ele será reeleito.
Lula usou a frase do presidente do PFL, Jorge Borhausen, de que o país se veria livre da raça dos petistas pelos próximos 30 anos em razão do mensalão, para tentar inflamar o público encharcado pela chuva forte. "Eles disseram que iam acabar com essa raça, mas essa raça somos nós, que ninguém nunca vai acabar", disse.
Quando a chuva estava em um de seus pontos mais altos, o primeiro orador, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, começou a falar. Foi vaiado, aos gritos de Lula, para que o presidente falasse logo, que não foram atendidos. Além de Patrus, discursaram Agnelo Queiroz (PC do B), candidato ao Senado, e Arlete Sampaio (PT), que disputa o governo do Distrito Federal.
Logo no início de seu discurso, Lula elogiou quem resistiu e admitiu que "na hora em que começou a chover", achou "que não ia ficar ninguém nesta praça". Tentou dar um tom emocional a sua fala. Disse que há ex-presidentes que leram em um ano o que não leu em três, mas que ninguém conhece como ele a alma e o povo do país.
Ao elogiar Arlete, o petista cometeu um deslize retórico. "Ela só tem um defeito. É lealdade, lealdade, lealdade. Lealdade à ética, lealdade à seriedade no trabalho."

Reeleição
À tarde, Lula participou de almoço realizado pelo ministro Walfrido Mares Guia (Turismo), que reuniu quatro ministros e 21 representantes de empresas aéreas, hotéis, associações, agências de turismo e locadoras de veículos.
A maioria dos presentes declarou voto ao petista, que se mostrou otimista sobre o crescimento do PIB, dizendo que a meta de 4% para 2006 está mantida. Ao citar suas ações voltadas ao turismo, Lula afirmou que "quatro anos [de mandato] é pouco" para realizar o que deseja. E declarou que "tudo indica" sua vitória no primeiro turno.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse ontem que um segundo mandato de Lula será melhor porque o primeiro "foi em grande parte utilizado para desfazer a lambança que o PSDB fez no país".


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