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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Adversários babam de raiva, afirma Lula
Presidente diz em almoço com empresários do setor do turismo que tudo indica que ele será reeleito ainda no primeiro turno
Em comício sob forte chuva, petista diz que ninguém nunca vai acabar com sua raça, em referência a frase dita pelo presidente do PFL
PEDRO DIAS LEITE
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em comício ontem à noite
em Ceilândia, no Distrito Federal, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, candidato do PT à
reeleição, afirmou que seus adversários "estão tão nervosos
que chegam até a babar de raiva". Mais cedo, em almoço com
representantes de setores ligados ao turismo, Lula havia dito
que "tudo indica" que ele será
reeleito.
Lula usou a frase do presidente do PFL, Jorge Borhausen, de que o país se veria livre
da raça dos petistas pelos próximos 30 anos em razão do
mensalão, para tentar inflamar
o público encharcado pela chuva forte. "Eles disseram que
iam acabar com essa raça, mas
essa raça somos nós, que ninguém nunca vai acabar", disse.
Quando a chuva estava em
um de seus pontos mais altos, o
primeiro orador, o ministro do
Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, começou a falar.
Foi vaiado, aos gritos de Lula,
para que o presidente falasse
logo, que não foram atendidos.
Além de Patrus, discursaram
Agnelo Queiroz (PC do B), candidato ao Senado, e Arlete Sampaio (PT), que disputa o governo do Distrito Federal.
Logo no início de seu discurso, Lula elogiou quem resistiu e
admitiu que "na hora em que
começou a chover", achou "que
não ia ficar ninguém nesta praça". Tentou dar um tom emocional a sua fala. Disse que há
ex-presidentes que leram em
um ano o que não leu em três,
mas que ninguém conhece como ele a alma e o povo do país.
Ao elogiar Arlete, o petista
cometeu um deslize retórico.
"Ela só tem um defeito. É lealdade, lealdade, lealdade. Lealdade à ética, lealdade à seriedade no trabalho."
Reeleição
À tarde, Lula participou de
almoço realizado pelo ministro
Walfrido Mares Guia (Turismo), que reuniu quatro ministros e 21 representantes de empresas aéreas, hotéis, associações, agências de turismo e locadoras de veículos.
A maioria dos presentes declarou voto ao petista, que se
mostrou otimista sobre o crescimento do PIB, dizendo que a
meta de 4% para 2006 está
mantida. Ao citar suas ações
voltadas ao turismo, Lula afirmou que "quatro anos [de mandato] é pouco" para realizar o
que deseja. E declarou que "tudo indica" sua vitória no primeiro turno.
O presidente do PT, Ricardo
Berzoini, disse ontem que um
segundo mandato de Lula será
melhor porque o primeiro "foi
em grande parte utilizado para
desfazer a lambança que o
PSDB fez no país".
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