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Por conta do PAC, governo cria mais 300 vagas
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Carro-chefe do segundo
mandato do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o PAC está
longe de cumprir os bilhões de
reais em obras prometidas para
este ano, mas vai acrescentar
300 novas vagas à maquina administrativa federal.
Uma medida provisória editada discretamente ontem
criou mais uma carreira no serviço público, a de analista de infra-estrutura, e o cargo de especialista em infra-estrutura sênior. Como os nomes indicam,
as vagas serão para engenheiros que trabalharão em obras
públicas -de imediato, no Programa de Aceleração do Crescimento. Serão, segundo a MP,
84 vagas para especialistas sênior, encarregados, descreve o
texto, de "atribuições de alto
nível de complexidade, voltadas às atividades especializadas
de planejamento, coordenação,
fiscalização, assistência técnica
e execução de projetos e obras
de grande porte na área de infra-estrutura".
Os 216 analistas a serem contratados terão exatamente as
mesmas funções, mas sem o
"alto nível de complexidade".
Nesse caso, trata-se uma carreira, ou seja, o servidor admitido passa por progressão funcional e salarial. No topo, os vencimentos ultrapassam os R$ 10
mil mensais, considerada a gratificação de desempenho. Para
os especialistas, o vencimento
se aproxima dos R$ 11 mil.
O governo justifica os novos
cargos com argumentos semelhantes aos usados desde o primeiro mandato para a expansão generalizada do quadro de
pessoal e dos salários: é preciso
reequipar o Estado e valorizar o
funcionalismo para proporcionar melhores serviços à sociedade. Nesse caso específico, o
Ministério do Planejamento
acrescenta que faltam profissionais qualificados para tocar
projetos de investimentos, que
minguaram no Orçamento durante os anos de crise fiscal.
Analistas e especialistas serão contratados por meio de
concurso, com exigência de nível superior e, no segundo caso,
de 12 anos de experiência na
área -que pode ser viária, saneamento, energia, produção
mineral comunicações e desenvolvimento regional e urbano.
O Orçamento deste ano autorizou o Executivo a contratar
28,7 mil servidores, número
que sobe a 40 mil no projeto de
lei orçamentária de 2008.
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