São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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Lula anuncia PAC da Defesa sem dizer quanto pretende gastar com militares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na cerimônia em que criou um grupo de trabalho para formular uma Estratégia Nacional de Defesa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ontem reativar a indústria bélica nacional e reequipar as Forças Armadas. Pediu "ousadia" e disse que a única coisa que pode atrapalhar o país é "omissão" e "submissão". "Eu acho que está na hora de construir o PAC das nossas Forças Armadas e o PAC da nossa Defesa."
Sem citar o volume que pretende investir para cumprir a promessa, Lula criticou os que dizem que "o gasto será muito grande". "Você não pode cuidar do pobres porque gasta muito, você não pode cuidar de tal coisa porque gasta muito, você não pode cuidar das Forças Armadas. Todos nós estamos assistindo, ao longo de várias décadas, as Forças Armadas perdendo o seu potencial."
Em seguida, acrescentou: "Toda vez que alguém perguntar para algum general, algum oficial, "mas não vai gastar muito", nós temos que perguntar quanto custou a gente chegar ao ponto que chegou." A proposta de Orçamento enviada ao Congresso na semana passada eleva de R$ 6,5 bilhões para R$ 10 bilhões a verba da Defesa.
O ministro Nelson Jobim (Defesa), que chamou o ato de ontem de "simbólico" e "divisor de águas", foi vago sobre recursos. "Sem projeto não há recursos." O grupo de trabalho será presidido por Jobim e coordenado pelo ministro Mangabeira Unger. Os comandantes militares das Forças Armadas participarão.


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