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Deputados vão a Cuba investigar situação de boxeadores deportados
Objetivo da viagem é saber o que aconteceu com atletas após o Pan, no Rio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um grupo de deputados brasileiros deve visitar Cuba em
uma semana para investigar a
situação vivida hoje por Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, os dois pugilistas deportados pela Polícia Federal após
os Jogos Pan-Americanos.
A ida dos congressistas foi
aprovada anteontem pela Comissão de Relações Exteriores
da Casa. Antes, o grupo ouviu o
ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) e o então secretário nacional de Justiça,
Antonio Carlos Biscaia.
Segundo o deputado Raul
Jungmann (PPS-PE), o objetivo da viagem é esclarecer "obscuridades" sobre a deportação
dos atletas: "Por que iniciaram
o processo de visto e depois desistiram? Por que foram detidos ilegalmente no dia 3 e no
dia seguinte embarcados num
avião venezuelano?"
Os nomes da comitiva ainda
não foram aprovados pela comissão, mas há um acordo para
que ela seja composta pelos deputados Dr. Rosinha (PT-PR),
representando o governo, o
próprio Jungmann, pela oposição, e o presidente da comissão,
Vieira da Cunha (PDT-RS).
Segundo Jungmann, a comitiva vai conversar com os boxeadores e suas famílias para
apurar se houve pressão da ditadura de Fidel Castro.
Ele e o deputado Fernando
Gabeira (PV-RJ) encaminharam ofício solicitando ajuda à
Corte Interamericana de Direitos Humanos, da OEA (Organização dos Estados Americanos). Os parlamentares esperam que a corte questione o governo sobre o episódio.
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