São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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Deputados vão a Cuba investigar situação de boxeadores deportados

Objetivo da viagem é saber o que aconteceu com atletas após o Pan, no Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um grupo de deputados brasileiros deve visitar Cuba em uma semana para investigar a situação vivida hoje por Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, os dois pugilistas deportados pela Polícia Federal após os Jogos Pan-Americanos.
A ida dos congressistas foi aprovada anteontem pela Comissão de Relações Exteriores da Casa. Antes, o grupo ouviu o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) e o então secretário nacional de Justiça, Antonio Carlos Biscaia.
Segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o objetivo da viagem é esclarecer "obscuridades" sobre a deportação dos atletas: "Por que iniciaram o processo de visto e depois desistiram? Por que foram detidos ilegalmente no dia 3 e no dia seguinte embarcados num avião venezuelano?"
Os nomes da comitiva ainda não foram aprovados pela comissão, mas há um acordo para que ela seja composta pelos deputados Dr. Rosinha (PT-PR), representando o governo, o próprio Jungmann, pela oposição, e o presidente da comissão, Vieira da Cunha (PDT-RS).
Segundo Jungmann, a comitiva vai conversar com os boxeadores e suas famílias para apurar se houve pressão da ditadura de Fidel Castro.
Ele e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) encaminharam ofício solicitando ajuda à Corte Interamericana de Direitos Humanos, da OEA (Organização dos Estados Americanos). Os parlamentares esperam que a corte questione o governo sobre o episódio.


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