LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A união das oposições baianas em torno do deputado estadual João Henrique Carneiro (PDT), 45, para a disputa da Prefeitura de Salvador, pode ser o início de um projeto comum para 2006. "Assim como estamos fazendo agora, queremos lançar um único candidato para o governo estadual dentro de dois anos", disse o presidente da executiva regional do PSDB, Nestor Duarte.
Carneiro e o senador César Borges vão disputar o segundo turno na capital baiana. Os tucanos, que indicaram o candidato a vice na chapara pedetista (o advogado Marcelo Duarte), estão coligados com o PDT desde o início da campanha.
Ontem à tarde, a ex-prefeita Lídice da Mata (PSB), que também disputou a sucessão municipal, aderiu oficialmente à campanha de João Henrique Carneiro.
Em nota, o senador César Borges criticou a união oposicionista. "Os candidatos derrotados [referindo-se ao petista Nelson Pellegrino e Lídice da Mata] estão reeditando a aliança que elegeu Lídice da Mata em 92, e que foi a mais desastrosa que Salvador já viu desde a retomada das eleições diretas para as capitais, em 1985."
Segundo Borges, o PT e o PSB são "sócios e co-responsáveis por um projeto político inconsistente e de alto risco para Salvador". Nestor Duarte disse que a união da oposição é a única alternativa para derrotar o candidato do senador Antonio Carlos Magalhães. "Todas as vezes que houve união, nós vencemos. Todas as vezes que não houve entendimento, nós perdemos feio."


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