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Sob comando de Serra, PSDB anuncia hoje apoio a Kassab
Governador deve aparecer no programa de TV do prefeito já a partir de amanhã
Sem perspectiva de novas alianças, Marta Suplicy diz que, a essa altura, acordos partidários não influenciam
comportamento do eleitor
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob a direção do governador
José Serra, o PSDB adotou rito
sumário para a costura do
apoio à candidatura de Gilberto
Kassab (DEM). O anúncio oficial acontece hoje, às 13h, com a
presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O
ex-governador Geraldo Alckmin não participará.
Com a decisão, Kassab poderá exibir depoimento de Serra
em seu programa de TV já a
partir de amanhã. A gravação
de Serra já está programada.
Além disso, a estrutura dos comitês do PSDB ficará à disposição da campanha de Kassab.
Graças a intervenção do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o Diretório
Municipal aprovou, na noite de
ontem, o apoio a Kassab.
Sem perspectiva de fechar
novas alianças, Marta Suplicy
(PT) minimizou a movimentação, alegando que apoio partidário, a essa altura, não influencia o eleitor.
A reunião de hoje foi convocada pelo presidente estadual
do PSDB, Mendes Thame, já na
noite de domingo. O cronograma foi definido com Guerra e o
presidente municipal, José
Henrique Reis Lobo.
Além de não participar do ato
de hoje, Alckmin deverá viajar
durante o segundo turno para o
México, onde vive seu filho.
No Palácio dos Bandeirantes,
a avaliação é que não se deve
perpetuar o desgaste sofrido no
primeiro turno. "Queremos fazer isso rapidamente para evitar desgaste", disse Thame.
A pedido de Serra, Lobo disse
a deputados alckmistas que
eles não sofrerão retaliações.
Dois deles serão chamados para uma reunião com o governador. Ficou também combinado
que os pedidos de expulsão de
kassabistas ficarão para depois.
Ainda assim, a reunião deixou
evidentes as mágoas herdadas
do primeiro turno. Coordenador de campanha de Alckmin,
Edson Aparecido apoiou a expulsão dos tucanos kassabistas.
Líder do PSDB na Câmara,
José Aníbal disse que as feridas
permanecerão abertas caso os
kassabistas não sejam punidos.
Ontem, num almoço com o
comando nacional do DEM,
Kassab pediu que o partido não
interviesse na discussão interna do PSDB. No almoço, Kassab recomendou que se deixasse a negociação nas mãos de
Serra e do chefe da Casa Civil,
Aloysio Nunes Ferreira.
A direção nacional do DEM
ficou encarregada de divulgar
nota de apoio ao PSDB em todas as cidades do país. O gesto
-programado para hoje- foi
antecipado a pedido de Kassab.
Marta Suplicy minimizou a
negociação de alianças. "Cúpula de partido não resolve voto
do eleitor. Estou na Cidade Tiradentes [extremo leste], o eleitor daqui não está interessado
em quem apóia quem, está interessado em quem vai resolver
o problema do hospital Tiradentes aqui do lado."
Marta afirmou que ligou ainda no domingo para Alckmin
para "parabenizá-lo pela elegância e pela ética": "Porque ele
enfrentou as adversidades que
enfrentou", disse ela, que já faz
alguns dias vem lançando afagos ao eleitorado tucano.
Encarregado da costura de
aliança à candidatura de Kassab, o democrata Guilherme
Afif se reúne hoje com o presidente municipal do PPS, Carlos
Fernandes. A idéia é que o partido anuncie apoio a Kassab na
quarta, após reunião com a candidata derrotada, Soninha.
Colaborou RANIER BRAGON, em São Paulo
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