São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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Irreverência não garante voto a famosos

DA REPORTAGEM LOCAL
DA COLUNA MÔNICA BERGAMO

O resultado eleitoral demonstrou que irreverência pode dar audiência, mas não garante votos. Segundo suplente do PTB, o apresentador Sérgio Mallandro reclama que não conseguiu a desejada vaga na Câmara porque teve pouco espaço no horário eleitoral gratuito.
"As pessoas não sabiam que eu era candidato. Prometeram que eu apareceria na TV todo dia e isso não aconteceu. Se tivesse tido espaço, conseguiria uns 80 mil, 100 mil votos", diz. Mallandro, que recebeu 22.066 votos, achou a experiência "divertida", mas vai "pensar 10 mil vezes" antes de se candidatar novamente.
A fama também não se traduziu em votos ao cantor Ovelha (PTB). As madeixas loiras e o jeito extrovertido lhe renderam só 788 votos.
Também não conseguiram o mandato de vereador Kid Bengala (PPS), com 902 votos, Lacraia (PTB), com 495 votos, e Oscar Maroni (PT do B). O dono da boate Bahamas -interditada pela prefeitura após a denúncia de que seria uma casa de prostituição- pregou o "sexo livre", mas conseguiu só 5.804 votos.
Marido da apresentadora Ana Maria Braga, o empresário Marcelo Frisoni, que concorreu pelo PP, recebeu somente 4.672 votos.
Outro derrotado foi Enéas Filho (PTN), cujo nome verdadeiro é Luciano Enéas Martines Nantes Soares. Ele foi proibido de usar a imagem do deputado federal morto Enéas Carneiro. Em sua defesa, Enéas Filho alegou que seu pai se chamava Osvaldo Enéas e também fora vereador, mas o juiz entendeu que houve imitação para "infundir a crença em um elo que não existe".
"Tenho barba e uso óculos porque preciso", diz ele, que conseguiu 1.631 votos. Com a proibição, sua imagem foi substituída por seu número.
Quem também não teve sorte ao colar na imagem de Enéas foi Dra. Havanir. Eleita deputada estadual em 2002 com 681 mil votos, ela se candidatou a vereadora pelo PTC -teve 8.081 votos.


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