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CAIXA DE CAMPANHA
Taniguchi é o 3º prefeito aliado envolvido em suspeitas
Acusação contra "afilhado"
prejudica ambição de Lerner
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A descoberta de um livro-caixa
paralelo na campanha de Cassio
Taniguchi à Prefeitura de Curitiba
no ano passado é mais um golpe
nas ambições políticas do governador do Paraná, Jaime Lerner
(PFL). Taniguchi, principal nome
do PFL para a sucessão do governador, é o terceiro prefeito aliado
de Lerner a se envolver em acusações de irregularidades. Antes foram afastados por acusações de
corrupção Antonio Belinati (Londrina) e Jairo Gianoto (Maringá).
Escândalos na base aliada e acusações de desvios de recursos na
administração, além de confrontos de rua contra a privatização da
Copel (Companhia Paranaense
de Energia Elétrica), já haviam
minado a expectativa de Lerner
de disputar uma chapa presidencial representando o PFL.
Lerner chegou a articular com o
governador cearense, Tasso Jereissati, uma dobradinha PSDB-PFL, mas viu o nome da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), ser lançado e avançar
com sucesso nas pesquisas.
Acusações de corrupção contra
aliados tiraram do grupo de Lerner o comando das cinco principais cidades do interior nas eleições municipais de 2000. Londrina, Maringá e Ponta Grossa elegeram prefeitos petistas. Foz do
Iguaçu (PMDB) e Cascavel (PDT)
também foram para a oposição.
Silêncio
Desde as primeiras acusações
contra sua administração, Lerner
adotou a atitude de evitar comentar as acusações. A informação na
sede do governo é que as investigações estão em andamento e só
haverá pronunciamento oficial
depois de decisão judicial.
Lerner se manteve alheio também aos problemas enfrentados
por aliados. Isso resultou em um
distanciamento entre Lerner e sua
vice, Emília Belinati (PTB). A
Agência Folha apurou que até hoje a vice não perdoa o fato de o governador não ter saído em defesa
de seu marido, Antonio Belinati,
cassado em junho de 2000.
Bornhausen
O presidente do PFL, senador
Jorge Bornhausen (SC), foi cauteloso ao comentar a reportagem
sobre Taniguchi. ""Cabe ao PFL de
Curitiba prestar os devidos esclarecimentos sobre os fatos, que,
acredito, serão satisfatórios e convincentes", limitou-se a dizer.
Depois de ler a reportagem, o
senador não entrou no mérito das
acusações nem defendeu o prefeito. Disse apenas que o diretório
local do PFL deverá dar uma resposta esclarecendo tudo.
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