São Paulo, quarta-feira, 07 de novembro de 2001

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PSDB deve liderar chapa, diz Alckmin

KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu ontem que um tucano seja o cabeça de chapa para disputar a eleição presidencial ainda que o aliado PFL tenha um candidato mais bem posicionado nas pesquisas quando chegar março de 2002, data que considera a ideal para a escolha do postulante.
"Exatamente", disse Alckmin ao ser indagado duas vezes se, ao reivindicar o "direito natural de o PSDB ter o candidato a presidente porque tem o governo", considerava que essa premissa valeria no caso de um pefelista ter melhor taxa de intenção de voto do que um tucano no momento de fechar uma eventual aliança.
Alckmin disse que "o ideal é fazer uma aliança antes da eleição" para ter mais facilidade de governar no caso de vitória. Mas afirmou que, se as condições políticas não permitirem, o PSDB poderá disputar a eleição sem o PFL, aliado do partido desde 1994.
O governador considerou "irrelevante" a briga de bastidor no PSDB entre os serristas, que defendem que os pré-candidatos tucanos não apareçam no programa de TV do partido, e os tassistas, que julgam que os eventuais postulantes ao Planalto devem participar desde já da propaganda política.
"É bom para o partido que os chamados pré-candidatos participem. Mas aqueles que não quiserem participar devem ser respeitados. É uma questão de foro íntimo", afirmou.
Alckmin disse que não participaria da reunião da Executiva do PSDB, prevista para ontem à noite, na qual se discutiria o imbróglio em que se transformou o programa de TV do partido.
Nos bastidores, o ministro da Saúde, José Serra, é acusado de não querer que os pré-candidatos participem para evitar dar palanque ao governador Tasso Jereissati (CE), seu principal adversário na disputa pela indicação tucana, e ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, que tem chance remota de ser o candidato.
Campeão de aparições em cadeia nacional de rádio e TV, Serra já tem exposição de mídia e evita falar de política. Ontem, por exemplo, encerrou abruptamente uma entrevista coletiva quando indagado sobre sucessão.



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