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PSDB deve liderar chapa, diz Alckmin
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu
ontem que um tucano seja o cabeça de chapa para disputar a eleição presidencial ainda que o aliado PFL tenha um candidato mais
bem posicionado nas pesquisas
quando chegar março de 2002,
data que considera a ideal para a
escolha do postulante.
"Exatamente", disse Alckmin
ao ser indagado duas vezes se, ao
reivindicar o "direito natural de o
PSDB ter o candidato a presidente
porque tem o governo", considerava que essa premissa valeria no
caso de um pefelista ter melhor taxa de intenção de voto do que um
tucano no momento de fechar
uma eventual aliança.
Alckmin disse que "o ideal é fazer uma aliança antes da eleição"
para ter mais facilidade de governar no caso de vitória. Mas afirmou que, se as condições políticas
não permitirem, o PSDB poderá
disputar a eleição sem o PFL, aliado do partido desde 1994.
O governador considerou "irrelevante" a briga de bastidor no
PSDB entre os serristas, que defendem que os pré-candidatos tucanos não apareçam no programa de TV do partido, e os tassistas, que julgam que os eventuais
postulantes ao Planalto devem
participar desde já da propaganda
política.
"É bom para o partido que os
chamados pré-candidatos participem. Mas aqueles que não quiserem participar devem ser respeitados. É uma questão de foro íntimo", afirmou.
Alckmin disse que não participaria da reunião da Executiva do
PSDB, prevista para ontem à noite, na qual se discutiria o imbróglio em que se transformou o programa de TV do partido.
Nos bastidores, o ministro da
Saúde, José Serra, é acusado de
não querer que os pré-candidatos
participem para evitar dar palanque ao governador Tasso Jereissati (CE), seu principal adversário
na disputa pela indicação tucana,
e ao ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, que tem chance remota de ser o candidato.
Campeão de aparições em cadeia nacional de rádio e TV, Serra
já tem exposição de mídia e evita
falar de política. Ontem, por
exemplo, encerrou abruptamente
uma entrevista coletiva quando
indagado sobre sucessão.
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