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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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MEMÓRIA

A 1 ano da eleição, PT era a favor de auditoria na dívida

DA REDAÇÃO

Cerca de um ano antes da eleição presidencial de Lula, o PT dizia que era preciso "denunciar o acordo com o FMI" e defendia um "processo de auditoria e renegociação da dívida externa".
Tais posições foram aprovadas no último Encontro Nacional do partido, realizado em dezembro de 2001, e passaram a integrar o documento "Concepção e Diretrizes do Programa de Governo do PT para o Brasil".
No ano anterior, o partido tinha apoiado o plebiscito sobre a dívida externa, organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Cerca de 90% dos votantes condenaram o pagamento da dívida externa sem uma auditoria pública.
Na época, José Dirceu considerou o plebiscito "um dos momentos mais importantes da nossa história" e comemorou o resultado afirmando que "não é todo dia que se tem uma vitória".
O hoje ministro da Casa Civil de Lula apresentou, então, um decreto legislativo propondo a realização de um referendo popular oficial sobre os acordos fechados pelo governo com o Fundo.
O discurso do PT de então já era um pouco mais suave do que o de 1989, quando pregava a suspensão do pagamento da dívida externa, ponto consignado, inclusive, no programa de Lula.
Em 1994, na segunda candidatura presidencial de Lula, o partido dizia que, se ganhasse a eleição, não decretaria moratória no primeiro dia de governo. Mas afirmava em documento que a suspensão do pagamento permaneceria como objetivo.


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