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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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PT governista repudia documento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Representantes do governo e da ala majoritária petista na Câmara afirmaram que o grupo responsável pelo manifesto contra o acordo com o FMI não representa a bancada (que possui 93 deputados) e fala por si só.
"Dentro da bancada, há um grupo minoritário de pessoas que se apega ao passado e defende o "fora FMI" e a moratória. Eles não aceitam terem sido derrotados pela maioria", afirmou o deputado Professor Luizinho (PT-SP), um dos vice-líderes do governo.
O deputado diz que "é a primeira vez que o FMI assinará um acordo preventivo" e que não haverá entendimento com o Fundo caso não fique claro que quem manda nas ações governamentais é o próprio governo. "Não aceitaremos monitoramento", disse ele.
O líder da bancada petista, Nelson Pellegrino (BA), afirmou que o manifesto não representa a posição da bancada. Ele pertence a uma ala de esquerda no PT, a Força Socialista (a mesma de Ivan Valente, um dos signatários do documento), mas vem tomando posições de centro por causa do cargo de liderança que ocupa.

Apoio ao acordo
Os deputados do partido vão se reunir novamente na quarta-feira com o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), mas terão um encontro prévio na véspera, em que o grupo majoritário (cerca de 60 dos 93 deputados) deve aprovar uma resolução de apoio ao acordo.
"É a primeira vez que o país faz um acordo sem estar com as calças na mão. Se eles [autores do manifesto] olhassem para a retomada do crescimento econômico e para a queda do risco-país, veriam que nossas atitudes são responsáveis", afirmou o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), outro dos vice-líderes do governo.


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