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PT governista repudia documento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Representantes do governo e da
ala majoritária petista na Câmara
afirmaram que o grupo responsável pelo manifesto contra o acordo com o FMI não representa a
bancada (que possui 93 deputados) e fala por si só.
"Dentro da bancada, há um
grupo minoritário de pessoas que
se apega ao passado e defende o
"fora FMI" e a moratória. Eles não
aceitam terem sido derrotados
pela maioria", afirmou o deputado Professor Luizinho (PT-SP),
um dos vice-líderes do governo.
O deputado diz que "é a primeira vez que o FMI assinará um
acordo preventivo" e que não haverá entendimento com o Fundo
caso não fique claro que quem
manda nas ações governamentais
é o próprio governo. "Não aceitaremos monitoramento", disse ele.
O líder da bancada petista, Nelson Pellegrino (BA), afirmou que
o manifesto não representa a posição da bancada. Ele pertence a
uma ala de esquerda no PT, a Força Socialista (a mesma de Ivan
Valente, um dos signatários do
documento), mas vem tomando
posições de centro por causa do
cargo de liderança que ocupa.
Apoio ao acordo
Os deputados do partido vão se
reunir novamente na quarta-feira
com o ministro Antonio Palocci
Filho (Fazenda), mas terão um
encontro prévio na véspera, em
que o grupo majoritário (cerca de
60 dos 93 deputados) deve aprovar uma resolução de apoio ao
acordo.
"É a primeira vez que o país faz
um acordo sem estar com as calças na mão. Se eles [autores do
manifesto] olhassem para a retomada do crescimento econômico
e para a queda do risco-país, veriam que nossas atitudes são responsáveis", afirmou o deputado
Beto Albuquerque (PSB-RS), outro dos vice-líderes do governo.
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