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Alckmin pede PSDB "fiscalizador" em reunião com deputados do partido
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas uma semana após a
vitória de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) nas urnas, o ex-governador Geraldo Alckmin retomou ontem suas atividades
partidárias ao participar de um
jantar com deputados federais
atuais e eleitos do PSDB-SP.
No encontro, Alckmin pediu
aos parlamentares que desempenhem um papel "fiscalizador
e responsável" em relação ao
governo federal. O candidato
derrotado do PSDB completa
hoje 54 anos e foi homenageado com um bolo e com o coro de
"Parabéns a Você".
Alckmin chegou ao restaurante da zona oeste paulistana
por volta das 20h30, acompanhado da filha, Sofia, a quem
chamou de "secretária". Sorridente, distribuiu cumprimentos, mas não quis dar entrevista. À Folha disse apenas que fora até o local para "comer um
bolinho e agradecer o apoio".
O tucano retornou ontem a
São Paulo após um descanso de
cinco dias com a família em
Pindamonhangaba (SP), sua cidade natal. Em 2002, José Serra, também derrotado por Lula
no segundo turno, partiu para
um "exílio" nos EUA que durou
quase um ano.
Em seu rápido discurso aos
deputados, Alckmin, além de
agradecê-los, ressaltou a importância de o partido se manter unido na oposição a Lula, de
construir uma nova proposta
para o país e de aprofundar sua
inserção na sociedade.
Consultado pelos deputados
eleitos do PSDB paulista, Alckmin, segundo a Folha apurou,
incentivou a proposta do grupo
de lutar pelo controle da bancada na Câmara. Mas o assunto
só começou a ser discutido
quando o ex-governador deixou o local, às 21h40, para uma
sessão de acupuntura.
O PSDB de São Paulo elegeu
18 dos 66 deputados federais
tucanos neste ano, o maior grupo do partido. Pelo menos seis
dos paulistas são ligados diretamente ao ex-governador.
Não há, no entanto, um nome de consenso para encabeçar a proposta do grupo. Até
agora, o único que assumiu o
desejo de disputar a vaga é Antônio Carlos Pannunzio, que já
está "costurando" apoios em
outros Estados e contaria com
a simpatia de José Serra.
O PSDB também espera indicar no ano que vem o líder da
minoria da Câmara.
No seu retorno à atividade
partidária, Alckmin não citou a
possibilidade de assumir a presidência nacional do PSDB. Reservadamente, ele teria pedido
"cautela" ao grupo que o apóia.
Avalia que o convite deve partir
da sigla e ter o apoio de Serra,
governador eleito de São Paulo,
de Aécio Neves, governador
eleito de Minas Gerais, de Tasso Jereissati, atual dono da vaga, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas os dois governadores
eleitos estariam impondo resistências a Alckmin, temendo
tê-lo novamente como pré-candidato ao Planalto em 2010.
No âmbito pessoal, o ex-governador tem se mostrado cada
vez mais inclinado a assumir
projetos na área da medicina.
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