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Ministro afirma que não existe perseguição contra Protógenes
RENATA GIRALDI
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, defendeu ontem o cumprimento dos mandados de
busca e apreensão de documentos do delegado da Polícia
Federal Protógenes Queiroz,
ex-coordenador da Operação
Satiagraha, e negou que o delegado esteja sendo perseguido.
Já o presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, não quis falar sobre a operação após evento do
Judiciário em São Paulo: "Só
tenho as informações que estão
nos jornais. Não tenho condições de me pronunciar sobre isso. Vamos aguardar. Quando
houver uma conclusão e a polícia apresentar um relatório, aí a
gente se pronuncia", disse.
Em Brasília, Tarso disse que
as investigações envolvendo o
policial são normais e partiram
de uma sindicância interna da
PF. "É [uma] investigação totalmente normal, que partiu de
uma sindicância, que vai um
juiz, que determina diligências
e que não pode ser dita que é
perseguição de alguém até porque o corregedor de onde parte
a sindicância é um corregedor
que tem mandato fixo, vem da
administração anterior, a do dr.
Paulo Lacerda", afirmou Tarso.
Para o ministro, a suspeita de
perseguição é improcedente:
"Isso é fantasia que tem perseguição. São andamentos normais dentro dos processos legais, ninguém está sendo perseguido. Se o dr. Protógenes
não tiver nada, vai ser absolutamente demonstrado isso".
Em relação à recomendação
aprovada pelo CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) para que
os juízes evitem usar os nomes
com que a PF batiza suas operações, Tarso afirmou que a
orientação (cujo objetivo seria
conter a influência de nomes
tendenciosos) não muda a conduta da PF: "Para a Polícia Federal não muda nada, pois já estava tendo cuidado de colocar
nomes que não denunciassem a
visão do fim do inquérito".
Irônico, Tarso disse ter sugerido ao diretor-geral da PF,
Luiz Fernando Corrêa, para
que dê nomes de santos às operações: "Não há dificuldade alguma, pois pode-se colocar o
nome de operação de "terça-feira", de operação "dia tal" ou até
colocar o nome do santo do dia.
Essa preocupação é correta -o
nome da operação não pode denunciar uma conclusão. Então
não vai ter nenhum dificuldade: pedi ao Luiz Fernando que
marquem temporalmente. O
santo do dia é um bom nome".
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