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Estado sofre com greves e escândalos
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Escândalos e conflitos
dos servidores com o Estado marcam o ano de 2007
em Alagoas. No ano em
que seu principal expoente político, Renan Calheiros (PMDB), foi alvo de
denúncias que o levaram a
renunciar à presidência do
Senado, o Estado foi cenário de três grandes operações da Polícia Federal.
Na Navalha, deflagrada
em maio e que investigou
fraudes em licitações, cinco integrantes do alto escalão do governo do Estado foram presos. Seis meses depois, a PF prendeu,
na operação Carranca, 20
suspeitos de fraudar licitações de convênios federais
com 55 prefeituras. Na
operação de ontem, o alvo
era uma suposta quadrilha
que teria desviado R$ 200
milhões da Assembléia.
"Alagoas está se notabilizando pelo que tem de
pior", disse o presidente
da seção da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil)
no Estado, Omar de Mello.
O governo do Estado enfrenta greves desde o início de sua gestão. O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) derrubou, por
decreto, reajustes salariais
acertados em 2006 e servidores fizeram greve geral.
Foi o prenúncio do caos:
policiais, médicos, procuradores, professores e servidores da educação e da
saúde paralisaram atividades durante o ano. Funcionários da saúde e policiais
civis continuam em greve.
Os agentes penitenciários
também devem parar.
Com as greves, a segurança se fragilizou: políticos foram mortos, houve
fugas e invasões em delegacias. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, há,
em média, 300 inquéritos
atrasados por delegacia.
A insegurança levou a
OAB-AL a pedir ao Ministério da Justiça intervenção federal no Estado, o
que não ocorreu. Na greve
de médicos, que durou 88
dias, mais de 200 profissionais pediram demissão.
O governador decretou situação de calamidade pública na rede hospitalar.
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