São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007

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Estado sofre com greves e escândalos

MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

Escândalos e conflitos dos servidores com o Estado marcam o ano de 2007 em Alagoas. No ano em que seu principal expoente político, Renan Calheiros (PMDB), foi alvo de denúncias que o levaram a renunciar à presidência do Senado, o Estado foi cenário de três grandes operações da Polícia Federal.
Na Navalha, deflagrada em maio e que investigou fraudes em licitações, cinco integrantes do alto escalão do governo do Estado foram presos. Seis meses depois, a PF prendeu, na operação Carranca, 20 suspeitos de fraudar licitações de convênios federais com 55 prefeituras. Na operação de ontem, o alvo era uma suposta quadrilha que teria desviado R$ 200 milhões da Assembléia.
"Alagoas está se notabilizando pelo que tem de pior", disse o presidente da seção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Estado, Omar de Mello.
O governo do Estado enfrenta greves desde o início de sua gestão. O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) derrubou, por decreto, reajustes salariais acertados em 2006 e servidores fizeram greve geral.
Foi o prenúncio do caos: policiais, médicos, procuradores, professores e servidores da educação e da saúde paralisaram atividades durante o ano. Funcionários da saúde e policiais civis continuam em greve. Os agentes penitenciários também devem parar.
Com as greves, a segurança se fragilizou: políticos foram mortos, houve fugas e invasões em delegacias. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, há, em média, 300 inquéritos atrasados por delegacia.
A insegurança levou a OAB-AL a pedir ao Ministério da Justiça intervenção federal no Estado, o que não ocorreu. Na greve de médicos, que durou 88 dias, mais de 200 profissionais pediram demissão. O governador decretou situação de calamidade pública na rede hospitalar.


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