DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ DA AGÊNCIA FOLHA

O ex-governador de Alagoas Manoel Gomes de Barros afirmou ontem que "não tem nada a ver com o esquema de fraudes na Assembléia Legislativa".
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em uma fazenda de Barros, em União dos Palmares (78 km de Maceió), onde apreendeu uma submetralhadora sem registro.
"Somente fui preso porque a PF encontrou uma arma em minha propriedade. Tenho um segurança e a arma deve ser dele. Eu estou à toa aqui", disse Barros à Folha, por celular da sede da PF em Maceió. Ele foi libertado na noite de ontem.
Questionado sobre a razão do cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua propriedade, Barros disse que precisava desligar o telefone.
O advogado do ex-governador, José Fragoso, afirmou que não teve acesso ao mandado de busca e apreensão contra o seu cliente.
O deputado estadual Cícero Ferro (PMN) também disse que foi preso apenas por porte ilegal de arma -a polícia apreendeu armas com a numeração raspada. "Essas armas não são minhas", declarou.
Em pronunciamento feito à TV Assembléia, o presidente Antônio Albuquerque (DEM) disse que está disposto a colaborar com a operação da PF.
"Quero transmitir aos alagoanos que estou à disposição das instituições para prestar qualquer tipo de esclarecimento", afirmou o deputado.
Segundo Albuquerque, a arma que foi encontrada pela PF em sua propriedade está registrada no órgão, conforme determina a lei.
Os demais deputados cujas casas foram alvo de busca e apreensão não se pronunciaram, informou a Assembléia.
A Folha tentou falar ontem, sem sucesso, com advogados e assessores do ex-comandante da Polícia Militar, José Acírio Nascimento, do irmão do presidente da Assembléia Rafael Albuquerque e com o prefeito Flávio Jatobá (PTB).
A reportagem também contatou um assessor do ex-deputado Celso Luís (PMN), que já presidiu a Assembléia alagoana, mas ele disse não ter conseguido localizar o advogado ou seus familiares. Procurou ainda assessores do ex-deputado Gilberto Gonçalves, sem êxito.


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