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João Paulo e Genoino divergem sobre PEC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), e o presidente do PT, José Genoino, divergiram ontem a respeito da "PEC
paralela", proposta de emenda
constitucional criada no Senado
que atenua os efeitos da reforma
da Previdência sobre o funcionalismo público.
Pouco depois de Genoino dizer
que a bancada do PT na Câmara
vai "lutar" para que o projeto seja
aprovado como veio do Senado,
sem alterações, João Paulo afirmou que isso é "impossível".
Quando a reforma da Previdência estava tramitando na Câmara,
os deputados da base aliada ao
governo não puderam fazer mudanças substanciais no texto, o
que foi permitido aos senadores
por meio da "PEC paralela".
"O PT que atua na Câmara é o
mesmo que atua no Senado. O
processo de negociação é um todo
que começou na Câmara e continuou no Senado. Não é questão
de disputa entre deputados e senadores, e sim um projeto para o
país. Não estamos discutindo direito autoral", disse Genoino.
O governo teme que sejam feitas
concessões ainda maiores ao funcionalismo público, o que diminuirá os efeitos da reforma sobre
o caixa da Previdência.
João Paulo descartou a possibilidade de não haver mudanças na
proposta. "Acho impossível. Todos os deputados têm alguma sugestão para dar nessa nova fase da
reforma. Não sei o alcance da mudança, mas certamente do jeito
que ela veio é muito difícil sair, como qualquer proposta quando
entra na Câmara", afirmou.
As declarações de João Paulo foram dadas após uma reunião com
Genoino. "Concordo com tudo o
que o presidente Genoino disse,
mas os deputados querem, nessa
nova fase da reforma, dar sugestões e vão dar", disse ele.
A "PEC paralela" foi o pivô da
pressão dos senadores para haver
convocação extraordinária do
Congresso. Mas ainda não houve
o anúncio oficial da convocação.
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