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LISTA DE FURNAS
Relator diz que eleição impede investigações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O relator da CPI dos Correios,
deputado Osmar Serraglio
(PMDB-PR), disse ontem que, se
não fosse ano eleitoral, as investigações da comissão iriam "às últimas conseqüências". Ele se referia
a um suposto caixa dois organizado pelo ex-diretor de Furnas Dimas Toledo em 2002 que teria ido
para políticos do PSDB e do PFL.
Para Serraglio, não é possível
abrir uma nova frente de investigação agora, na reta final dos trabalhos. A CPI funciona até a primeira quinzena de abril, mas o relatório final deve ser apresentado
entre os dias 15 e 20 de março.
"Estamos há um mês e meio do
fim, isso é uma tentativa de politizar a CPI dos Correios. Estamos
nas conclusões, como iniciar uma
nova investigação agora? Eu queria que não estivéssemos em ano
eleitoral porque aí a CPI iria às últimas conseqüências", afirmou.
Os parlamentares decidiram
antecipar o final da CPI temendo
a politização das investigações,
devido à proximidade da disputa
eleitoral. Essa avaliação impede,
por exemplo, a prorrogação dos
trabalhos por mais seis meses.
A Polícia Federal investiga a autenticidade de uma lista com o
nome de 156 políticos de 12 partidos que teriam recebido dinheiro
de caixa dois em 2002. O documento, uma cópia, tem a assinatura de Toledo, que nega as acusações. A PF procura o original.
Conhecida como a "lista de Furnas", o documento está cheio de
erros factuais, tem inconsistências técnicas (mesmo para uma
fotocópia) e só poderá ter sua veracidade avaliada com o original.
O líder do governo, senador
Aloizio Mercadante (PT-SP), disse ontem que a lista de Furnas não
está tirando o sono do governo.
"Parece que a oposição é que está
incomodada com a lista."
O secretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ), afirmou que vai processar o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), que teria divulgado o documento, e todos os petistas que teriam repassado a lista pela internet.
(FERNANDA KRAKOVICS E LUIZ FRANCISCO)
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