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ESCÂNDALO DO MENSALÃO/ O MARQUETEIRO
Pela medida, as informações seriam restritas ao presidente e ao relator da comissão
CPI quer limitar acesso aos dados de Duda no exterior
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI dos Correios deve votar
nesta semana uma resolução que
limita o acesso aos dados sobre a
movimentação financeira do publicitário Duda Mendonça no exterior. Pela medida, as informações seriam restritas ao presidente, senador Delcídio Amaral (PT-MS), e ao relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Além do relator e do presidente,
apenas quatro técnicos da comissão teriam acesso aos documentos. Ainda como precaução, eles
consultariam os papéis no Ministério da Justiça e no Ministério
Público, não havendo cópias no
Congresso Nacional. Como as informações são sigilosas, seria incluído no relatório final da CPI
apenas o que for considerado essencial para as investigações.
Ontem, Serraglio se reuniu com
o chefe do DRCI (Departamento
de Recuperação de Ativos) do Ministério da Justiça, Antenor Madruga, para discutir o texto do
acordo entre a CPI e a Promotoria
Distrital de Nova York.
Na semana passada, três integrantes da CPI foram aos Estados
Unidos tentar a liberação dos dados na Promotoria Distrital de
Nova York. A expectativa dos
parlamentares é a de que até o início da próxima semana a CPI seja
autorizada a compartilhar os dados que já estão no Brasil.
Tamanho esforço se justifica. Os
parlamentares defendem nova
convocação de Duda apenas depois da análise dos documentos.
Esse novo depoimento poderia
ser a portas fechadas para não haver risco de vazamento de informações durante a sessão.
Integrantes da comissão, no entanto, querem ampliar o acesso
para mais dois parlamentares, um
da base aliada e outro da oposição. "Sou contra porque acho que
todos os parlamentares têm que
ter acesso. Admito apenas se for
fundamental para a liberação dos
dados", disse o deputado Antonio
Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
"Não é uma medida simpática,
mas se é a condição para superar
essa situação, acho que vale a pena. Porém, isso dá categoria diferenciada para quem tem a mesma
dignidade de mandato", diz o deputado Carlos Abicalil (PT-MT).
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