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Chinaglia não consegue acordo com partidos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia após anunciar um
perfil "linha dura" no comando da Câmara, Arlindo
Chinaglia (PT-SP) sofreu ontem duplo revés: não conseguiu aprovar o projeto da Super Receita e terminou mais
um dia sem acordo para dividir as comissões da Casa.
Chinaglia, que marcou a
votação da Super Receita
sem consulta aos líderes partidários, prometera votar a
matéria "com ou sem acordo". Mas, ontem, a história
foi outra. O relator, Pedro
Novais (PMDB-MA), não
apareceu no horário -alegou
problemas de saúde. Após
acordo com os líderes, Chinaglia postergou a votação
para a tarde de hoje.
Chinaglia teve dificuldades também com a partilha
das 20 comissões permanentes. Ele havia marcado uma
reunião ontem para pôr fim à
disputa, mas os partidos não
conseguiram se entender na
divisão dos cargos.
"O blocão e o PSDB não
cumpriram a lição de casa e
pediram para adiar. É um indicativo de que eles não conseguem se acertar", criticou
o líder do PSB, Márcio França (SP). "O presidente [Chinaglia] teve de recuar na sua
decisão de ser rigoroso."
Na véspera da eleição à
presidência da Câmara, foram criados três blocos, numa tentativa de obter os cargos mais importantes. O
maior é o liderado por PT e
PMDB, com 273 deputados.
Nos bastidores, a queixa é
que Chinaglia enfrenta dificuldades para compensar todos os apoios que recebeu.
Ele chegou a anunciar a criação de novas comissões para
abrigar aliados, mas não há
acordo no "megabloco".
No bloco de oposição
(PSDB, PFL e PPS), também
há problemas. Os tucanos
cobram espaço privilegiado
pelos votos decisivos no petista. Mas o PFL quer as mesmas comissões e o PPS diz
ter sido escanteado.
"Teve bloco que se comprometeu a entregar o que
não pode", disse Fernando
Coruja (SC), líder do PPS.
Para o líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP),
"ainda há algumas querelas".
(SN E LS)
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