São Paulo, quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007

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Chinaglia não consegue acordo com partidos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia após anunciar um perfil "linha dura" no comando da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) sofreu ontem duplo revés: não conseguiu aprovar o projeto da Super Receita e terminou mais um dia sem acordo para dividir as comissões da Casa.
Chinaglia, que marcou a votação da Super Receita sem consulta aos líderes partidários, prometera votar a matéria "com ou sem acordo". Mas, ontem, a história foi outra. O relator, Pedro Novais (PMDB-MA), não apareceu no horário -alegou problemas de saúde. Após acordo com os líderes, Chinaglia postergou a votação para a tarde de hoje.
Chinaglia teve dificuldades também com a partilha das 20 comissões permanentes. Ele havia marcado uma reunião ontem para pôr fim à disputa, mas os partidos não conseguiram se entender na divisão dos cargos.
"O blocão e o PSDB não cumpriram a lição de casa e pediram para adiar. É um indicativo de que eles não conseguem se acertar", criticou o líder do PSB, Márcio França (SP). "O presidente [Chinaglia] teve de recuar na sua decisão de ser rigoroso."
Na véspera da eleição à presidência da Câmara, foram criados três blocos, numa tentativa de obter os cargos mais importantes. O maior é o liderado por PT e PMDB, com 273 deputados.
Nos bastidores, a queixa é que Chinaglia enfrenta dificuldades para compensar todos os apoios que recebeu. Ele chegou a anunciar a criação de novas comissões para abrigar aliados, mas não há acordo no "megabloco".
No bloco de oposição (PSDB, PFL e PPS), também há problemas. Os tucanos cobram espaço privilegiado pelos votos decisivos no petista. Mas o PFL quer as mesmas comissões e o PPS diz ter sido escanteado.
"Teve bloco que se comprometeu a entregar o que não pode", disse Fernando Coruja (SC), líder do PPS. Para o líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP), "ainda há algumas querelas". (SN E LS)


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