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Petista desafia Aldo a provar uso de "métodos condenáveis"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Presidente eleito da Câmara,
o deputado Arlindo Chinaglia
(PT-SP) rebateu ontem as críticas feitas pelo deputado Aldo
Rebelo (PC do B-SP) de que podem ter sido usados "métodos
condenáveis" na eleição da qual
o petista saiu vitorioso.
Em entrevista à Folha publicada ontem, Aldo atribuiu sua
derrota na disputa à atuação de
ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva e do governador de São Paulo, José Serra
(PSDB). Segundo Aldo, o método de oferecimento de benesses e de cargos na campanha de
Chinaglia, "se realmente houve, é condenável".
Chinaglia desafiou ontem o
comunista a apresentar "os fatos". "Se é verdade que ele levantou hipóteses, eu peço que
se apresentem os fatos, porque
eu desconheço", afirmou.
Na entrevista, Aldo também
ressalta que o bloco de esquerda formado durante a campanha pela presidência da Câmara vai buscar "uma maior independência de projetos e de atitudes em relação ao PT".
"Eu, evidentemente, não tenho nada o que dizer do relacionamento entre os partidos
na Casa ou fora da Casa. Minha
função legal, institucional e política é a de conduzir bem a Casa", disse Chinaglia.
A disputa entre Aldo e Chinaglia levou a uma divisão da
base aliada. Apesar de o petista
insistir que a "eleição é coisa do
passado", o racha resiste.
Chinaglia e Severino
O presidente da Câmara recebeu ontem em seu gabinete o
ex-presidente da Casa deputado Severino Cavalcanti (PP-PE). A assessoria de imprensa
de Chinaglia informou que se
tratou apenas de uma visita de
cortesia. Severino confirmou.
"Foi uma audiência rápida.
Só para dar um abraço", disse
Severino. "Ele me agradeceu o
trabalho que fiz para ajudá-lo a
vencer o Aldo [Rebelo]", disse.
Sem mandato, Severino contou que, pelo menos para os
próximos dois anos, não tem
planos na vida pública. Ele negou ter feito pedidos ao atual
presidente da Câmara. "Vim à
Casa porque estava em Brasília
fazendo uma série de exames
médicos", disse.
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