São Paulo, quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007

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Brasil se recusa a ajudar EUA a conter Chávez

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os EUA ouviram ontem uma polida negativa diplomática sobre a possibilidade de o Brasil auxiliar o governo Bush a conter o venezuelano Hugo Chávez.
O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, ouviu do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) que a política de isolamento não dá resultado e acabou concordando com a necessidade de diálogo direto.
"O Brasil não fica passando recado. Eles têm embaixador lá. Há formas de diálogo sem necessidade de que o Brasil se arvore como mediador", disse Amorim, que lembrou ao subsecretário que o Brasil já participou de iniciativas passadas nesse sentido, a exemplo do Grupo de Amigos da Venezuela.
Ele ouviu de Burns que "os EUA também têm disposição para o diálogo".
"O que sempre digo, e ele não discordou, é que a boa política é a do diálogo, mas claro que é preciso que os dois queiram dialogar", disse Amorim.
Segundo ele, a conversa sobre a Venezuela ocupou pequena parte do encontro e não se discutiu como estabelecer esse diálogo.
Estão em negociações as datas de um encontro entre os presidentes Lula e George W. Bush e uma nova visita da secretária de Estado Condoleezza Rice ao Brasil.
Em Washington, Rice atacou Chávez ontem: "Penso que o presidente da Venezuela está destruindo seu país, econômica e politicamente".


Com agências internacionais

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