São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2009

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outro lado

Defesa diz que versão de oficial está em livros

DO ENVIADO A SALVADOR

A Folha tentou na quarta e na sexta-feiras passadas entrevistar por telefone o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, mas não obteve sucesso.
Ele mora em Brasília. Um parente do oficial do Exército que pediu para não ter o nome divulgado informou que ele não iria se pronunciar sobre a Operação Acarajé ou outros episódios em obediência à orientação de seus advogados.
O advogado Paulo Esteves, que representa Ustra, afirmou que a versão do oficial sobre sua história no Exército durante o regime militar se encontra em seus dois livros.
Nos documentos assinados pelo advogado e apresentados à Justiça, bem como em livros e declarações desde 1985, Ustra nega que tinha sido torturador ou responsável por tortura e morte de oposicionistas e desaparecimento de corpos.
Uma pessoa próxima a Ustra, alertada sobre o relato dos presos na Bahia em 1975, disse que seus adversários o querem onisciente e onipresente em todos os episódios da ação do aparato de segurança do regime militar contra a oposição.
Os livros do coronel contam pouco sobre sua atividade profissional no período em que ele chefiou a Seção de Operações do Centro de Informações do Exército, de dezembro de 1974 até 1977.
Em relatório de agosto de 1975 sobre a Acarajé, o SNI justifica o ataque: "A subversão no Brasil apenas mudou de roupagem. Ao invés de atos de terrorismo que caracterizaram a hegemonia das chamadas linhas foquista e militarista, passou a atuar dentro da linha pacifista, apregoada pelo PCB".


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