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outro lado
Defesa diz que versão de oficial está em livros
DO ENVIADO A SALVADOR
A Folha tentou na quarta e na sexta-feiras passadas entrevistar por telefone o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, mas
não obteve sucesso.
Ele mora em Brasília.
Um parente do oficial do
Exército que pediu para
não ter o nome divulgado
informou que ele não iria
se pronunciar sobre a
Operação Acarajé ou outros episódios em obediência à orientação de
seus advogados.
O advogado Paulo Esteves, que representa Ustra,
afirmou que a versão do
oficial sobre sua história
no Exército durante o regime militar se encontra
em seus dois livros.
Nos documentos assinados pelo advogado e
apresentados à Justiça,
bem como em livros e declarações desde 1985, Ustra nega que tinha sido
torturador ou responsável
por tortura e morte de
oposicionistas e desaparecimento de corpos.
Uma pessoa próxima a
Ustra, alertada sobre o relato dos presos na Bahia
em 1975, disse que seus
adversários o querem
onisciente e onipresente
em todos os episódios da
ação do aparato de segurança do regime militar
contra a oposição.
Os livros do coronel
contam pouco sobre sua
atividade profissional no
período em que ele chefiou a Seção de Operações
do Centro de Informações
do Exército, de dezembro
de 1974 até 1977.
Em relatório de agosto
de 1975 sobre a Acarajé, o
SNI justifica o ataque: "A
subversão no Brasil apenas mudou de roupagem.
Ao invés de atos de terrorismo que caracterizaram
a hegemonia das chamadas linhas foquista e militarista, passou a atuar
dentro da linha pacifista,
apregoada pelo PCB".
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