São Paulo, terça-feira, 08 de março de 2005

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Laudo da PF vê autenticidade em documentos de base aérea

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os documentos encontrados na Base Aérea de Salvador (BA) com sinais de queima têm "um caráter de autenticidade" e são "documentos sigilosos referentes a atividades de informações produzidos pelo Ministério da Aeronáutica", concluiu o laudo da perícia da Polícia Federal.
Segundo o laudo que integra o IPM (Inquérito Policial Militar) aberto para averiguar a origem dos documentos, o material encontrado em Salvador -revelado em 12 de dezembro em reportagem do "Fantástico", da Rede Globo- fazia parte de "arquivo de documentos sigilosos que pertencia a algum órgão e/ou unidade ligados" à Aeronáutica.
Essas unidades, diz o laudo, tinham "como lugar comum a Base Aérea de Salvador" e também receberam documentos de "outros órgãos de informações atuantes em Salvador e no Cisa-RJ", o antigo Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica, no Rio.
Elaborado por três peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília em 15 de fevereiro, o laudo informa que foram achados uma pasta com 52 folhas de prontuários de pessoas diferentes (uma ficha para cada uma), das quais quatro são cópias em papel carbono, e 36 conjuntos de documentos que incluem relatórios de inteligência, depoimentos e panfletos atribuídos a sindicatos, ONGs e militantes de esquerda.
As datas de cinco desses documentos são posteriores ao fim da ditadura militar (1985). O mais recente é de 30 de março de 1994. Outros quatro não trazem datas.
A assessoria de comunicação da Aeronáutica informou que não tem comentado o andamento do IPM porque o sigilo sobre esse tipo de investigação é previsto no artigo 16 do Código de Processo Penal Militar. (RUBENS VALENTE)


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