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Laudo da PF vê autenticidade em documentos de base aérea
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os documentos encontrados na
Base Aérea de Salvador (BA) com
sinais de queima têm "um caráter
de autenticidade" e são "documentos sigilosos referentes a atividades de informações produzidos pelo Ministério da Aeronáutica", concluiu o laudo da perícia da
Polícia Federal.
Segundo o laudo que integra o
IPM (Inquérito Policial Militar)
aberto para averiguar a origem
dos documentos, o material encontrado em Salvador -revelado
em 12 de dezembro em reportagem do "Fantástico", da Rede
Globo- fazia parte de "arquivo
de documentos sigilosos que pertencia a algum órgão e/ou unidade ligados" à Aeronáutica.
Essas unidades, diz o laudo, tinham "como lugar comum a Base
Aérea de Salvador" e também receberam documentos de "outros
órgãos de informações atuantes
em Salvador e no Cisa-RJ", o antigo Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica, no Rio.
Elaborado por três peritos do
Instituto Nacional de Criminalística de Brasília em 15 de fevereiro,
o laudo informa que foram achados uma pasta com 52 folhas de
prontuários de pessoas diferentes
(uma ficha para cada uma), das
quais quatro são cópias em papel
carbono, e 36 conjuntos de documentos que incluem relatórios de
inteligência, depoimentos e panfletos atribuídos a sindicatos,
ONGs e militantes de esquerda.
As datas de cinco desses documentos são posteriores ao fim da
ditadura militar (1985). O mais recente é de 30 de março de 1994.
Outros quatro não trazem datas.
A assessoria de comunicação da
Aeronáutica informou que não
tem comentado o andamento do
IPM porque o sigilo sobre esse tipo de investigação é previsto no
artigo 16 do Código de Processo
Penal Militar.
(RUBENS VALENTE)
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