São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2006

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Deputada costuma negar a existência do "mensalão"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ex-prefeita de São José dos Campos (SP), a deputada petista Angela Guadagnin ficou conhecida no ano passado pelas declarações em que não reconheceu a existência do "mensalão" e por sistematicamente desqualificar pareceres do Conselho de Ética da Câmara. Também ganhou notoriedade ao pedir vista do processo que pedia a cassação do deputado José Dirceu no conselho. Ontem, atendeu o pedido de mais um petista ameaçado de cassação, João Paulo Cunha.
Depois de pedir para a deputada não ajudá-lo a protelar seu processo, o deputado João Paulo mudou de idéia. Em público. No final da leitura do parecer do relator Cezar Schirmer (PMDB-RS), João Paulo interrompeu a ordem dos trabalhos do Conselho de Ética da Câmara e conduziu a deputada a fazer pedido de vista, atrasando o trâmite em duas sessões.
Guadagnin começou sua fala anunciando que não faria o pedido. "O senhor deputado João Paulo me pediu pessoalmente que não fizesse vista, contrariando a minha vontade", disse. Encerrou pedindo que o relatório de Schirmer não fosse considerado, embora reconhecesse sua coerência. Nesse momento, foi interrompida pelo próprio João Paulo.
O ex-presidente da Câmara alegou uma questão de ordem e deu a senha. Disse que o pedido a Ângela era apenas uma recomendação e que se a colega estava "desconfortável", poderia pedir vista. Foi prontamente obedecido. Surpreso com a contundência do relatório de Schirmer, João Paulo quer tempo para preparar uma resposta.

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