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SAIBA MAIS
Deputada costuma negar a existência do "mensalão"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ex-prefeita de São José dos
Campos (SP), a deputada petista Angela Guadagnin ficou conhecida no ano passado pelas
declarações em que não reconheceu a existência do "mensalão" e por sistematicamente
desqualificar pareceres do
Conselho de Ética da Câmara.
Também ganhou notoriedade
ao pedir vista do processo que
pedia a cassação do deputado
José Dirceu no conselho. Ontem, atendeu o pedido de mais
um petista ameaçado de cassação, João Paulo Cunha.
Depois de pedir para a deputada não ajudá-lo a protelar seu
processo, o deputado João
Paulo mudou de idéia. Em público. No final da leitura do parecer do relator Cezar Schirmer
(PMDB-RS), João Paulo interrompeu a ordem dos trabalhos
do Conselho de Ética da Câmara e conduziu a deputada a fazer pedido de vista, atrasando o
trâmite em duas sessões.
Guadagnin começou sua fala
anunciando que não faria o pedido. "O senhor deputado João
Paulo me pediu pessoalmente
que não fizesse vista, contrariando a minha vontade", disse. Encerrou pedindo que o relatório de Schirmer não fosse
considerado, embora reconhecesse sua coerência. Nesse momento, foi interrompida pelo
próprio João Paulo.
O ex-presidente da Câmara
alegou uma questão de ordem
e deu a senha. Disse que o pedido a Ângela era apenas uma recomendação e que se a colega
estava "desconfortável", poderia pedir vista. Foi prontamente obedecido. Surpreso com a
contundência do relatório de
Schirmer, João Paulo quer tempo para preparar uma resposta.
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