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Petista pede a cassação de Bittar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da CPI dos Correios, o senador petista Delcídio
Amaral (MS), entrou com uma
representação contra o seu colega
de partido, deputado Jorge Bittar
(RJ), na Procuradoria Geral da
República e na Câmara. Delcídio
afirma que Bittar tentou impedir
os trabalhos da CPI dos Correios.
Quer que seja processado por
quebra de decoro, o que pode levar à cassação do mandato.
"O deputado Jorge Bittar dirigiu-se de forma acintosa à Mesa,
impondo o dedo indicador ameaçadoramente contra a cabeça do
presidente da comissão [...] enquanto gritava palavras obscenas
com a manifesta finalidade de
ofendê-lo publicamente, bradando agressivamente para que todos
os presentes ouvissem, entre outras grosserias, os vocábulos de
baixo calão "filho da puta", "canalha", "judas" e "traidor'", diz a representação de Delcídio.
O PT tentou obstruir a votação
do relatório final da comissão,
que foi aprovado por 17 a 4. O objetivo era atrasar os trabalhos para que a comissão não conseguisse aprovar um documento conclusivo. O prazo de funcionamento da CPI é a próxima segunda.
Bittar disse que o presidente da
CPI "está querendo passar de infrator à vítima". Para o deputado,
Delcídio desrespeitou o regimento do Senado ao não dar a palavra
aos parlamentares e ao não permitir a votação de destaques que
modificavam trechos do texto.
A representação encaminhada à
Procuradoria Geral da República
é fundamentada na lei 1.579, que
dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito. Segundo a
lei, é crime impedir, ou tentar impedir, mediante violência ou
ameaça, o regular funcionamento
de CPI ou o livre exercício das
atribuições de qualquer um dos
seus membros. A pena varia de
dois meses a dois anos de prisão.
Já a representação por quebra
de decoro parlamentar foi encaminhada ao presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do
B -SP), que deve enviá-la à Corregedoria. Se o parecer for favorável
e aceito pela Mesa, é aberto um
processo no Conselho de Ética.
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