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MEMÓRIA
Quando necessário, presidente atropela os interesses do PT
DA REDAÇÃO
Ao articular com o senador
Delcídio Amaral (PT-MS) para
que contrariasse os interesses
do PT e agisse para um desfecho rápido da CPI dos Correios, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva passou mais uma
vez por cima de seu partido em
nome de um interesse próprio,
como já havia feito em episódios recentes.
Desde que assumiu o governo, em 2003, o presidente já
impôs ao PT uma política econômica contrária à que o partido defendia na oposição, desalojou companheiros de longa
data como Olívio Dutra de ministérios para contemplar partidos aliados e repassou ao partido toda a responsabilidade
pelo escândalo do mensalão.
Recentemente, Lula agiu
contra a posição do partido,
que queria manter a verticalização e incentivou os aliados a
votarem pela queda da regra na
Câmara. Acabou vencendo,
mas com a maioria dos votos
do PMDB, e não do PT.
Buscando aliança com o
PMDB, aliás, Lula está disposto
a sacrificar interesses locais de
vários petistas nas eleições. Cogita, por exemplo, formar chapa com Orestes Quércia como
candidato ao Senado em São
Paulo, em detrimento de
Eduardo Suplicy (PT).
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