São Paulo, sábado, 08 de abril de 2006

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MEMÓRIA

Quando necessário, presidente atropela os interesses do PT

DA REDAÇÃO

Ao articular com o senador Delcídio Amaral (PT-MS) para que contrariasse os interesses do PT e agisse para um desfecho rápido da CPI dos Correios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou mais uma vez por cima de seu partido em nome de um interesse próprio, como já havia feito em episódios recentes.
Desde que assumiu o governo, em 2003, o presidente já impôs ao PT uma política econômica contrária à que o partido defendia na oposição, desalojou companheiros de longa data como Olívio Dutra de ministérios para contemplar partidos aliados e repassou ao partido toda a responsabilidade pelo escândalo do mensalão.
Recentemente, Lula agiu contra a posição do partido, que queria manter a verticalização e incentivou os aliados a votarem pela queda da regra na Câmara. Acabou vencendo, mas com a maioria dos votos do PMDB, e não do PT.
Buscando aliança com o PMDB, aliás, Lula está disposto a sacrificar interesses locais de vários petistas nas eleições. Cogita, por exemplo, formar chapa com Orestes Quércia como candidato ao Senado em São Paulo, em detrimento de Eduardo Suplicy (PT).


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