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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
A vez da segurança
Tarso Genro designou um grupo no Ministério da
Justiça para elaborar, em 60 dias, um programa de segurança nacional. O ministro evita o clichê "PAC da
Segurança" e diz que a idéia é integrar ações da área
com os projetos sociais do governo.
O plano terá focos territorial, etário e social. No primeiro, as ações serão concentradas em "quatro ou
cinco" regiões metropolitanas -Rio e São Paulo já estão na lista. No critério de idade a ênfase será nos jovens entre 11 e 19 anos. E no terceiro parâmetro a
idéia é que as ações não se restrinjam às áreas de pobreza. De acordo com Tarso, serão tomadas medidas
para coibir a criminalidade, ligada principalmente ao
tráfico de drogas, entre a classe média.
Trinca. A elaboração do programa está nas mãos do secretário nacional de Justiça, Antonio Carlos Biscaia, do secretário nacional de Segurança,
Luiz Fernando Corrêa, e do
delegado da Polícia Federal
Zaqueu Teixeira, assessor especial de Tarso.
Todos por um. Designados para analisar indicações
políticas para ministérios e
empresas estatais, os ministros Dilma Rousseff, Paulo
Bernardo, Walfrido Mares
Guia e Luiz Dulci estão sendo
chamados por líderes aliados
de "os quatro mosqueteiros".
Quem é quem. Líderes
da base aliada não vão esperar
impassíveis pela decisão dos
ministros a respeito da nova
distribuição de cargos. PP,
PR, PMDB e PTB devem se
reunir na terça-feira com a direção do PT para mapear os
"padrinhos" dos que estão hoje alocados em suas pastas.
Mercado livre. A idéia, diz
um pepista, é defenestrar os
comissionados que não façam
parte do "grupo que dá as cartas no PT". Em troca dos que
tiverem cacife para ficar, os
aliados querem receber contrapartidas em ministérios
controlados por petistas.
Em casa. A disputa por vagas não é só interpartidária.
Quem acompanha as discussões do PMDB diz que será
quase impossível Jader Barbalho (PA) convencer o correligionário Geddel Vieira Lima
(Integração) a aceitar a nomeação de seu afilhado José
Priante para a nova Sudam.
Direitos iguais. Em campanha pela anistia de eventuais punições por conta do
motim de 30 de março, os
controladores de vôo dizem
que os oficiais que abandonaram o comando dos Cindactas
também têm de responder a
inquéritos policiais militares.
Versão. Outra corrente dos
controladores diz que, pela
Constituição, o comandante
supremo das Forças Armadas
é o presidente. Como Lula,
num primeiro momento, determinou negociação e descartou punições, não teria havido quebra de hierarquia.
Fumaça. A PF apura a informação de que Delúbio Soares pretende abrir um restaurante de comida goiana em
São Paulo. Para os policiais,
há indício de tentativa de lavagem de dinheiro -o ex-tesoureiro do PT não teria renda compatível com o negócio.
Estamos aí. Em jantar na
semana passada, o deputado
cassado José Dirceu recebeu
reiteradas promessas do governador do Paraná, Roberto
Requião (PMDB), de que terá
todo o apoio em seu projeto
de anistia na Câmara.
Fusão 1. Dissidência do ex-Campo Majoritário -agora
chamado de Construindo um
Novo Brasil-, o grupo de petistas ligados à ministra do
Turismo, Marta Suplicy, negocia um acordo com a corrente Movimento PT a fim de
juntar forças para o 3º Congresso da sigla, em agosto.
Fusão 2. A união tem como
objetivo evitar que os debates
do Congresso petista sejam
protagonizados apenas pelo
ex-Campo Majoritário, associado a José Dirceu, e pelo
grupo da "refundação", capitaneado por Tarso Genro.
Tiroteio
"Dentro do PAC, tem o PAP, que é Plano
de Aceleração da Propaganda. O governo
colocou este para funcionar antes".
Do deputado FERNANDO GABEIRA (PV-RJ) sobre a campanha publicitária do governo federal para promover seu plano de crescimento econômico. As veiculações em rádio e TV vão custar R$ 7,8 milhões.
Contraponto
Inofensivo
Na platéia da encenação da Paixão de Cristo em Nova
Jerusalém (PE), dias atrás, Lula teve a companhia de governadores e parlamentares da base aliada.
No primeiro ato da peça, Pôncio Pilatos faz entrada
triunfal no palácio, onde é recebido com saudação:
-Atenção! Está chegando o governador da Judéia, Pôncio Pilatos!-, anuncia o arauto.
Sentado ao lado de Lula, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), cochichou ao seu ouvido:
-Relaxe, presidente! Esse é o único governador aqui
que não vai lhe fazer nenhum pedido.
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