São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010

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outro lado

Defesa afirma que decisão é arbitrária

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

O advogado Roger Fernandes, que representa os irmãos Valdebran e Waldemir Padilha, qualificou como "ilegal e desnecessária" a prisão de seus clientes, que, disse ele, foram pegos "de surpresa".
"A prisão é extremamente arbitrária e destrói a vida de um pai de família e de um empresário. Todos os esclarecimentos poderiam ser prestados à Justiça e à sociedade sem qualquer tipo de coação."
Segundo o advogado, os irmãos negam envolvimento com fraudes em licitações ou irregularidades na execução de obras em Mato Grosso.
"Eles podem provar que todas as obras foram executadas corretamente. Em alguns municípios, eles ainda têm créditos a receber. Não há nada a esconder ou temer", afirmou.
Até o final da tarde de ontem, disse o advogado, a Justiça ainda não havia fornecido à defesa o acesso aos autos da investigação.
Ao longo do processo, disse o advogado, Valdebran "sempre colaborou". "Ele até forneceu elementos que não estavam sendo considerados."
Defensor dos dois dirigentes do PMDB de MT e do sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra, o advogado Ulisses Rabaneda também criticou as prisões de seus clientes. "Eles não têm a menor ideia do que estão sendo acusados", disse.
O advogado do ex-prefeito Faustino Dias, Sebastião Monteiro, disse que as licitações conduzidas durante sua gestão foram "corretas". "Essa prisão foi uma arbitrariedade total."
A Folha não conseguiu contato com a defesa do coordenador regional da Funasa em MT, Marco Antônio Stangherlin.


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