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outro lado
Defesa afirma que decisão é arbitrária
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
O advogado Roger Fernandes, que representa os
irmãos Valdebran e Waldemir Padilha, qualificou
como "ilegal e desnecessária" a prisão de seus clientes, que, disse ele, foram
pegos "de surpresa".
"A prisão é extremamente arbitrária e destrói
a vida de um pai de família
e de um empresário. Todos os esclarecimentos
poderiam ser prestados à
Justiça e à sociedade sem
qualquer tipo de coação."
Segundo o advogado, os
irmãos negam envolvimento com fraudes em licitações ou irregularidades na execução de obras
em Mato Grosso.
"Eles podem provar que
todas as obras foram executadas corretamente. Em
alguns municípios, eles
ainda têm créditos a receber. Não há nada a esconder ou temer", afirmou.
Até o final da tarde de
ontem, disse o advogado, a
Justiça ainda não havia
fornecido à defesa o acesso
aos autos da investigação.
Ao longo do processo,
disse o advogado, Valdebran "sempre colaborou".
"Ele até forneceu elementos que não estavam sendo
considerados."
Defensor dos dois dirigentes do PMDB de MT e
do sobrinho do deputado
federal Carlos Bezerra, o
advogado Ulisses Rabaneda também criticou as prisões de seus clientes. "Eles
não têm a menor ideia do
que estão sendo acusados", disse.
O advogado do ex-prefeito Faustino Dias, Sebastião Monteiro, disse que as
licitações conduzidas durante sua gestão foram
"corretas". "Essa prisão foi
uma arbitrariedade total."
A Folha não conseguiu
contato com a defesa do
coordenador regional da
Funasa em MT, Marco
Antônio Stangherlin.
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