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SOMBRA NO TUCANATO
Em nota, ex-diretor do Banco do Brasil faz elogios a Serra
Pedido de propina é "mentira sórdida", diz Ricardo Sérgio
DA REDAÇÃO
O empresário Ricardo Sérgio de
Oliveira rompeu ontem o silêncio
sobre a acusação de que teria cobrado propina durante o processo de privatização da Companhia
Vale do Rio Doce, em 1997, dizendo que é uma "mentira".
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Ricardo
Sérgio também defendeu o pré-candidato do PSDB à Presidência,
José Serra, para quem arrecadou
fundos na eleição de 1994.
Afirmou que a acusação é uma
"trama de baixo nível que claramente visa atingir sua candidatura [a de Serra]".
Essa é a primeira vez que Ricardo Sérgio comenta o assunto desde sábado, quando chegou às bancas edição da revista "Veja"
com reportagem sobre o caso.
"Reafirmo o que já disse à revista 'Veja': essa história de propina é
uma mentira sórdida", diz o texto, que tem o título de "nota de esclarecimento".
A revista publicou que o presidente da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, disse a dois ministros de
Estado em 1998 ter recebido pedido de propina de Ricardo Sérgio.
A comissão seria uma recompensa por suposta ajuda que Ricardo Sérgio deu a Steinbruch para reunir fundos de pensão estatais em torno do consórcio liderado pela CSN, que comprou a Vale
em 1997.
Na época, ele era diretor da Área
Internacional do Banco do Brasil
e tinha influência sobre a Previ, o
fundo de pensão do banco.
Para a "Veja", Ricardo Sérgio
disse que a acusação era uma
"mentira grosseira e leviana".
No texto divulgado ontem, ele
diz que está "à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento".
Também afirma que se orgulha
de sua "participação no processo
de privatização, cumprindo missão de governo".
Ele não especifica qual missão
foi essa, já que não fazia parte do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), responsável pelas privatizações.
(RENATO FRANZINI)
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