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PF do Rio pede a quebra do sigilo de ex-diretor do BB
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Federal do Rio de Janeiro pediu à Justiça a quebra do
sigilo fiscal do ex-diretor da Área
Internacional do BB (Banco do
Brasil) Ricardo Sérgio de Oliveira.
O pedido é parte do inquérito
que apura a acusação de que Ricardo Sérgio teria pedido ao empresário Carlos Jereissati uma
propina de R$ 90 milhões para
atrair os fundos de pensão para o
consórcio que comprou a Tele
Norte Leste (atual Telemar) no
leilão de privatização da Telebrás.
Segundo a Folha apurou, a Delecoie (Delegacia de Combate ao
Crime Organizado e Inquéritos
Especiais) da Superintendência
da PF expedirá neste mês as intimações para interrogar os supostos envolvidos na cobrança da
propina, inclusive Ricardo Sérgio.
A quebra de sigilo bancário ainda não foi solicitada pela PF. O inquérito está sendo presidido pela
delegada Patrícia de Freitas. Não
há data marcada para o depoimento do ex-diretor e das demais
pessoas que serão interrogadas.
Até agora o único a ser ouvido
foi o ex-senador Antônio Carlos
Magalhães (PFL-BA), autor da
acusação contra Ricardo Sérgio.
ACM foi ouvido em Salvador,
em janeiro deste ano, quando o
inquérito era presidido pelo delegado Deuler Rocha, substituído
em março. Segundo informações
da PF, o ex-senador não apresentou provas de sua acusação. ACM
teria apenas entregue um documento contendo o suposto esquema da propina, que teria chegado
ao ex-senador pelo correio.
Segundo reportagem da revista
"Veja", Ricardo Sérgio teria pedido propina na privatização da Vale do Rio Doce, em 1997.
A PF, a pedido do Ministério
Público Federal, dividiu as investigações do chamado "caso Telemar" em cinco inquéritos. Isso foi
feito para separar a apuração do
suposto crime de corrupção contra Ricardo Sérgio das demais
suspeitas de irregularidades investigadas no inquérito.
Quando pediu as investigações,
o Ministério Público juntou a acusação contra o ex-diretor a suspeitas de que fundos de pensão, liderados pela Previ (dos funcionários do BB), teriam cometido o crime de agir indevidamente como instituições financeiras, emprestando dinheiro a seus sócios
no consórcio Telemar.
O empréstimo teria permitido
que os sócios pagassem ao governo a primeira parcela da compra
da atual Telemar. A empresa foi
arrematada por R$ 3,43 bilhões.
Emprestar dinheiro sem ser instituição financeira é crime previsto
no artigo 16ª da lei nº 7.492.
Além da Previ, também são investigados os fundos Sistel (dos
empregados da antiga Telebrás),
Funcef (dos empregados da Caixa
Econômica Federal) e Petros (dos
empregados da Petrobras).
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