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Garotinho diz que já foi despejado
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Único presidenciável presente a
debate sobre o tema habitação na
Comissão de Assuntos Sociais do
Senado, que contou com a presença de especialistas e do boxeador Acelino de Freitas, o Popó, o
pré-candidato Anthony Garotinho (PSB) contou que entende a
situação de quem não tem casa
porque já foi despejado por falta
de pagamento de aluguel. Na época, precisou morar com a sogra.
Segundo o relato de Garotinho,
isso aconteceu quando morava
em Campos, cidade do norte fluminense. Ele era radialista e ficou
desempregado. Sua mulher, Rosinha, atualmente pré-candidata
pelo PSB ao governo do Rio, vendia cosméticos de porta em porta.
Por falta de pagamento, acabaram despejados e foram viver
com a mãe de Rosinha.
"Vivi com a sogra. Senti na pele
o que é não ter uma casa para morar", disse Garotinho.
Já Popó, que também foi convidado pela CAS, falou das dificuldades que enfrentou antes de ser
um boxeador conhecido. Ele avaliou que o discurso de Garotinho
na comissão do Senado "convenceu só 50%".
O presidenciável aproveitou o
evento para fazer campanha e
prometeu a criação do "Ministério da Casa Própria" se chegar ao
Planalto.
Garotinho procurou se desassociar da imagem dos "políticos que
não têm contato com o povo e que
vivem nas nuvens". Narrou a história mitológica da briga entre
Hércules e Antaeus, um gigante
que tirava suas forças da terra.
Hércules manteve Antaeus longe
do chão e conseguiu derrotá-lo.
"Os políticos conhecem a realidade social pelos seus tratados de
sociologia. Por isso perderam sua
força, perderam a capacidade de
sentir e fazer qualquer coisa."
Tráfico paraguaio
À noite, o presidenciável do PSB
participou da gravação do programa Jô Soares, da TV Globo.
Durante o programa, ao responder a uma pergunta sobre ações
para combater o tráfico de drogas,
Garotinho tropeçou ao associar o
país ao problema. "Quanto eleito,
vou fazer uma peneira na fronteira do contrabando de armas da
Colômbia e drogas do Paraguai."
Ao sair do programa, Garotinho
afirmou que seu candidato a vice,
o ex-presidente do STJ, Paulo
Costa Leite, o informou ontem
que tinha tido apenas uma "função burocrática" no extinto SNI.
"Se ele teve algo mais que uma
função burocrática, eu mesmo
não iria querer [que ele continuasse na campanha]. Porque
meus dedinhos guardam recordações tristes daquela época."
Colaborou a Reportagem Local
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