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Investimento
externo eleva
preço da terra
DA REPORTAGEM LOCAL
A cobiça estrangeira pelas terras do Brasil nunca
foi tão grande, em razão da
expansão do agronegócio e
do mercado de biocombustíveis. O Centro de Estudos Agrícolas da FGV
aponta que as terras agricultáveis se valorizaram
em média 10,16% ao ano
entre 2000 e 2006, sendo
15,66% em Mato Grosso.
Último balanço do Instituto FNP, relativo ao segundo bimestre deste ano,
aponta um aumento de
16,3% no preço médio das
terras destinadas à agropecuária, em comparação
com o mesmo período de
2007. O valor atual é recorde: R$ 4.135 o hectare.
Segundo o mesmo instituto, a região do Alto do Araguaia, na divisa com Goiás,
é a que mais se valorizou
em 12 meses: 117,7%.
José Garcia Gasques e
Eliana Teles Bastos comparam os preços das lavouras nos EUA e no Brasil em artigo na revista
"Agronews" (FGV): as terras americanas foram cotadas em 2007 na média
de US$ 6.672 (cerca de R$
10 mil), mais que o dobro
do preço da terra no Brasil.
"Para os brasileiros a
terra é cara, mas para o estrangeiro é uma bagatela.
Isso tende a restringir o
acesso do brasileiro à propriedade rural", disse
Francisca Neide Maemura, da Universidade Estadual de Londrina. No livro
"Mercados de Terra no
Brasil", Maemura e Bastiaan Reydon, da Unicamp, afirmam que o
"boom" veio a partir de
2006, com o aumento dos
preços das commodities.
(CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA)
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