São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

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Investimento externo eleva preço da terra

DA REPORTAGEM LOCAL

A cobiça estrangeira pelas terras do Brasil nunca foi tão grande, em razão da expansão do agronegócio e do mercado de biocombustíveis. O Centro de Estudos Agrícolas da FGV aponta que as terras agricultáveis se valorizaram em média 10,16% ao ano entre 2000 e 2006, sendo 15,66% em Mato Grosso.
Último balanço do Instituto FNP, relativo ao segundo bimestre deste ano, aponta um aumento de 16,3% no preço médio das terras destinadas à agropecuária, em comparação com o mesmo período de 2007. O valor atual é recorde: R$ 4.135 o hectare. Segundo o mesmo instituto, a região do Alto do Araguaia, na divisa com Goiás, é a que mais se valorizou em 12 meses: 117,7%.
José Garcia Gasques e Eliana Teles Bastos comparam os preços das lavouras nos EUA e no Brasil em artigo na revista "Agronews" (FGV): as terras americanas foram cotadas em 2007 na média de US$ 6.672 (cerca de R$ 10 mil), mais que o dobro do preço da terra no Brasil.
"Para os brasileiros a terra é cara, mas para o estrangeiro é uma bagatela. Isso tende a restringir o acesso do brasileiro à propriedade rural", disse Francisca Neide Maemura, da Universidade Estadual de Londrina. No livro "Mercados de Terra no Brasil", Maemura e Bastiaan Reydon, da Unicamp, afirmam que o "boom" veio a partir de 2006, com o aumento dos preços das commodities. (CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA)


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