São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2005

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TCU fará auditoria em 27 órgãos públicos envolvidos em corrupção

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu fazer auditoria extraordinária em 27 órgãos públicos envolvidos em supostos casos de corrupção e trocar informações com as CPIs dos Correios, Bingo e Mensalão, disse ontem à Folha o presidente da instituição, ministro Adylson Motta.
Para o presidente do Tribunal, as CPIs facilitarão a fiscalização nos órgãos porque têm poder de quebrar sigilos bancário e fiscal.
Motta afirmou que órgãos públicos, como a Petrobras e Banco do Brasil, recorrem ao STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir a fiscalização, alegando que a auditoria atrapalha seus negócios. "Essas estatais não querem ser fiscalizadas", reclamou.
Cem auditores começaram ontem a auditoria extraordinária a ser concluída em 60 dias úteis, informou a assessoria do Tribunal. Serão analisados contratos de publicidade e de informática.
Entre os órgãos alvos estão a Câmara dos Deputados, o gabinete da Presidência da República, Banco do Brasil, Correios, Petrobras, Casa da Moeda do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Ministério da Justiça, ao qual está subordinado a PF (Polícia Federal), Furnas e IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).
O TCU já fazia inspeções nos Correios e no IRB, mas os trabalhos devem ser reforçados. Os processos relativos aos demais órgãos públicos, não listados pelo tribunal, devem ficar parados até a conclusão da auditoria extraordinária, que terá prioridade.
Segundo o presidente do TCU, as "instituições públicas estão em xeque". O tribunal pedirá ainda ajuda do Ministério Público Federal na apuração dos casos.
O tribunal é o órgão responsável por fiscalizar a aplicação de dinheiro da União e as contas de órgãos públicos federais.


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