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TCU fará auditoria em 27 órgãos públicos envolvidos em corrupção
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O TCU (Tribunal de Contas da
União) decidiu fazer auditoria extraordinária em 27 órgãos públicos envolvidos em supostos casos
de corrupção e trocar informações com as CPIs dos Correios,
Bingo e Mensalão, disse ontem à
Folha o presidente da instituição,
ministro Adylson Motta.
Para o presidente do Tribunal,
as CPIs facilitarão a fiscalização
nos órgãos porque têm poder de
quebrar sigilos bancário e fiscal.
Motta afirmou que órgãos públicos, como a Petrobras e Banco
do Brasil, recorrem ao STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir a fiscalização, alegando que
a auditoria atrapalha seus negócios. "Essas estatais não querem
ser fiscalizadas", reclamou.
Cem auditores começaram ontem a auditoria extraordinária a
ser concluída em 60 dias úteis, informou a assessoria do Tribunal.
Serão analisados contratos de publicidade e de informática.
Entre os órgãos alvos estão a Câmara dos Deputados, o gabinete
da Presidência da República, Banco do Brasil, Correios, Petrobras,
Casa da Moeda do Brasil, Caixa
Econômica Federal, BNDES, Ministério da Justiça, ao qual está subordinado a PF (Polícia Federal),
Furnas e IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).
O TCU já fazia inspeções nos
Correios e no IRB, mas os trabalhos devem ser reforçados. Os
processos relativos aos demais órgãos públicos, não listados pelo
tribunal, devem ficar parados até
a conclusão da auditoria extraordinária, que terá prioridade.
Segundo o presidente do TCU,
as "instituições públicas estão em
xeque". O tribunal pedirá ainda
ajuda do Ministério Público Federal na apuração dos casos.
O tribunal é o órgão responsável
por fiscalizar a aplicação de dinheiro da União e as contas de órgãos públicos federais.
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