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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
CUT e PT levarão campanha de Lula a portas de fábricas
Partido pretende mobilizar 50 mil dirigentes sindicais em todo o país para que atuem como "formadores de opinião"
Petistas farão mobilização nacional em 1º de setembro, com manifestações de trabalhadores pró-reeleição em todas as capitais
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT quer o movimento sindical engajado na campanha de
reeleição do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva para aumentar a probabilidade de vitória num primeiro turno. Ontem, no diretório nacional da
legenda, em São Paulo, coordenadores da campanha decidiram criar um comitê sindical
nacional. A idéia é preparar
cerca de 50 mil dirigentes sindicais para atuarem como "formadores de opinião" e convençam os trabalhadores a votar
em Lula.
Além da definição de duas
datas para grandes mobilizações nacionais e passeatas -19
de agosto e 1º de setembro-, a
"catequese" sindical seria feita
diariamente nas portas e comitês de fábrica, com minicomícios e debates sobre política. A
Central Única dos Trabalhadores (CUT) estima que o universo de eleitores ao alcance do
sindicalismo chegue a 22 milhões de trabalhadores.
"Temos o direito de dizer o
que pensamos. Não temos nenhum receio de dizer que Lula
é melhor que Alckmin. E vamos
para a rua fazer essa campanha", afirmou o secretário de
Relações Internacionais da
CUT e secretário de mobilização do PT, João Felício.
A escolha de João Felício para planejar o apoio do sindicalismo e movimentos sociais a
Lula ocorreu na semana passada, no dia em que o Datafolha
apontou o crescimento do candidato Geraldo Alckmin
(PSDB) nas pesquisas. Os petistas alertaram a militância que a
eleição não está ganha.
Felício disse que os militantes vão organizar debates nos
locais de trabalho, "na entrada
da fábrica, de manhã, conversando na porta, na saída, ou
dentro do local de trabalho".
"Como trabalhador, tenho o direito de dizer para os colegas o
que eu penso da vida. Em local
de trabalho também se debate
política", disse.
Além da CUT, estão envolvidos nos atos dirigentes da
CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), sindicalistas do PC do B e PSB, e parte
da Força Sindical (Sindicato
dos Metalúrgicos de Osasco).
No dia 19 de agosto, esses dirigentes sindicais preparam
uma grande plenária nacional,
em São Paulo, com a presença
de Lula. No dia 1º, a idéia é fazer
a "mobilização nacional da
classe trabalhadora", com passeatas em todas as capitais e
nos maiores municípios do
país. O evento pode ser ampliado e se transformar no dia de
mobilização nacional dos movimentos sociais pró-Lula.
Segundo João Felício, todo o
material de divulgação dos
eventos, como cartazes, panfletos e tablóides, serão pagos pelo
PT. "Faremos tudo dentro da
lei", afirmou. Os dirigentes sindicais que participarem diretamente da campanha no comitê
terão que se afastar das funções
nos sindicatos.
Colaborou ROGÉRIO PAGNAN , da Reportagem
Local
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