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PMDB fica sem presidência da Anatel, que vai para ligado ao PT
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com problemas para indicar
o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o PMDB teve de ceder e
aceitar, na presidência da agência, o nome de Plínio de Aguiar
Júnior, endossado por entidades sindicais e ligado ao PT.
Aguiar Júnior já era diretor
da agência e havia ocupado a
presidência do órgão até o último dia 8. O impasse no PMDB
estava impedindo a aplicação
de uma redução de até 0,5% nas
tarifas de telefonia fixa local.
"Temos agora um período de
duas semanas de recesso no
Congresso, nós entendemos
que esta apresentação do nome
está um pouco prejudicada na
medida em que não vamos conseguir aprovar esse nome antes
do recesso", disse o ministro
Hélio Costa (Comunicação).
Segundo o ministro, o PMDB
havia chegado a um consenso
para ocupar a agência, mas
houve um problema técnico. O
nome do partido era ligado a
uma entidade do setor e não se
desligou dessa entidade, como
determina a legislação.
Ontem o "Diário Oficial" da
União não trouxe mais nomeações do PMDB para cargos importantes, nem mesmo para as
três diretorias dos Correios
ainda ocupadas temporariamente por funcionários de carreira da empresa. "Não temos
pressa, nem os nomes. Na verdade, o diretor financeiro, que é
funcionário dos Correios, vai
continuar, em princípio, até
nós tomarmos uma decisão, e
também o diretor administrativo", disse Hélio Costa.
"Um dos nomes apresentados na semana, na realidade,
está sendo substituído. Na última hora ele preferiu outra indicação", disse o ministro se referindo à indicação de Paulo Sérgio de Oliveira, nome do partido que ainda não havia sido publicada no "Diário Oficial".
Quando a crise do mensalão
eclodiu, PMDB, PT e PTB dividiam as diretorias dos Correios. A crise levou à demissão
da diretoria. Na quinta-feira, o
governo devolveu ao PMDB as
diretorias e a presidência. "Enquanto tivéssemos em andamento a CPI dos Correios, deveríamos aproveitar o corpo
técnico", disse Costa.
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