São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Entre um vilão e outro

Na manchete da Agência Brasil, desde o G8 no Japão, "Biocombustível é vilão na crise de alimentos, dizem ONU e Banco Mundial". Segundo a agência estatal, "apesar dos esforços do governo brasileiro", o etanol segue na lista dos culpados. "No entanto", Robert Zoellick, do Bird, "fez questão de diferenciar o biocombustível de cana do que é feito de cereais".
Na mesma direção, ontem no site do "New York Times", parlamentares europeus já propõem "reconsiderar objetivos" e reduzir a meta de 10% de etanol na gasolina até 2020. E o site Huffington Post já pergunta: "É o fim da linha para os biocombustíveis?"
Destaca a Reuters, porém, que a possibilidade de "Petróleo a US$ 200 lança sombra sobre o G8".

EMERGENTES, NÃO
Na Folha Online, "EUA recusam emergentes no G8". Para o porta-voz de George W. Bush, "neste momento", não. Argumenta o primeiro-ministro italiano que hoje eles podem "falar de modo franco". Coluna no "Guardian", ligado ao primeiro-ministro britânico, concorda.

NO PALCO DO MUNDO
Já o "Des Moines Register", de Iowa, Estado-símbolo da agricultura nos EUA, deu a longa reportagem "Brasil rico em recursos toma seu lugar no palco do mundo". O enviado a Recife relata como o "boom" está por todo lado, mas persistem "os sinais de pobreza", nas favelas etc.

"OURO"
De todo lado, os olhos se voltam aos novos campos.
O "China Daily", diário estatal de língua inglesa, trouxe ontem a longa reportagem "Alto preço do petróleo leva a "corrida do ouro" em áreas antes ignoradas". Foi assim no Cazaquistão e é assim, neste momento, no Brasil.
Na Argentina, ontem também, o "Clarín" deu o longo relato "Brasil petroleiro: ouro negro para as favelas". "Subimos a favela do Vidigal", anunciou o correspondente no Rio, "para saber o pensam ali". Se a anunciada riqueza com o petróleo "vai chegar até os mais pobres".

EM SILÊNCIO
Juan Barreto/nytimes.com
No alto da capa, mais reprodução por Yahoo News e vários jornais, mais eco por agências, blogs e outros, o "NYT" proclamou ontem que, "Silenciosamente, Brasil ofusca aliado". Que Lula ofusca Hugo Chávez, da Venezuela

ANO ELEITORAL
Foi manchete ao longo do dia no Drudge Report, com Reuters, e no site do "Washington Post", ambos próximos dos republicanos: o primeiro-ministro iraquiano "sugeriu pela primeira vez" prazos para a retirada das tropas americanas. É "um passo ao qual o governo Bush sempre se opôs", diz o "WP".
Mas que foi recebido com desconfiança por sites considerados próximos dos democratas, como o Huffington Post, e até pelo "NYT".

DO "WSJ" AO "WP"
O ex-editor do "Wall Street Journal", que deixou o jornal depois da compra por Rupert Murdoch, foi confirmado como o novo editor do "WP". Marcus W. Brauchli, na notícia dada antes pelo "NYT", deve comandar a união das redações de imprensa e web.
Na descrição do "WSJ", ele assume "um dos poucos sobreviventes entre os jornais locais com ambição nacional e internacional". Em versão posterior do texto, o "WSJ" atenuou suas restrições.

NO RIO
Cada vez mais focados na cidade do Rio, "Jornal Nacional" e "Jornal da Record" abriram ontem com o desabafo, longamente explorado por ambos, do pai taxista de João Roberto, o menino baleado pela polícia

OBAMA E AMIGOS
Peter Wynn Thompson/nytimes.com
Chris Hughes, criador do Facebook, que passou o MySpace e, no Brasil, ameaça o Orkut, trocou sua criação por Barack Obama. Diz o "NYT" que a campanha em si já concentra, na mídia social, a "revolução"


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@ - Nelson de Sá



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