São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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ELEIÇÕES 2004/PERFIL SOCIAL

Identificado historicamente com taxistas, malufismo perde espaço na categoria e apela para os votos de 200 mil motoboys na cidade

Maluf busca migrar do táxi para o motoboy

Jorge Araújo/Folha Imagem
Motoboys do centro de SP aguardam por novos serviços; grupo declarou que não vota em Marta


Identificado historicamente com os taxistas, o candidato Paulo Maluf já não encontra o mesmo respaldo de outros tempos na categoria. No lugar dos motoristas de táxi, um outro grupo social emergente e cada vez mais numeroso vai se aproximando do malufismo: os motoboys. Estima-se que são cerca de 200 mil circulando pela capital paulista. Maluf tem se referido a eles com freqüência e hoje deve receber a adesão formal de uma das entidades que os representam.
Na última quinta-feira, durante o primeiro debate entre os candidatos na TV, um grupo de motoboys se dirigiu à TV Bandeirantes para dar apoio ao candidato. Passaram motorizados por entre militantes petistas e por pouco não houve confronto físico entre os grupos adversários.
Historicamente, Maluf encontra guarida entre os trabalhadores autônomos, entre os quais taxistas e motoboys. Na última pesquisa Datafolha, ele tinha seu maior índice nesse grupo -32%- contra 24% na média geral.
Mas Maluf não tem a adesão inequívoca da categoria nesta eleição. Duas outras entidades representativas dos motoboys devem anunciar o apoio ao tucano José Serra. Eles estão insatisfeitos com a prefeita Marta Suplicy (PT) por causa das regras fixadas para os serviços de motofrete. Os motoboys agora são obrigados a se cadastrar para trabalhar na cidade.



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