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Polícia também
apura tráfico
e contrabando
DA AGÊNCIA FOLHA
Os desvios de recursos públicos apontados pela Operação Dominó não são os únicos problemas que assolam
Rondônia. O Estado enfrenta
há pelo menos dois anos uma
série de investigações de
combate ao crime organizado, que passam pela sonegação de tributos, contrabando
de diamantes, trabalho escravo, tráfico de pessoas,
desmatamentos e conflitos
fundiários envolvendo índios e sem-terra, além do colapso no sistema prisional.
A mais recente investigação é de sonegação contra
benefícios fiscais concedidos
pela Suframa para as áreas
de livre comércio de Rondônia. É esperada uma operação da Polícia Federal para
prender os responsáveis.
"Nós estamos trabalhando
com muito afinco para eliminar o crime organizado
enraizado em Rondônia",
disse o delegado Mauro Sposito. Sposito foi transferido
para Rondônia em 2004 para
implementar ações de combate ao crime organizado por
meio da Operação Mamoré,
instalada após o massacre de
29 garimpeiros que exploravam diamantes na reserva
dos cintas-largas naquele
ano. Entre os personagens da
disputa pela exploração dos
diamantes dos cintas-largas
figura o próprio governador,
Ivo Cassol (PSDB), que é investigado sob suspeita de envolvimento na extração ilegal de diamantes. O inquérito, um desdobramento da
operação Mamoré, transcorre em sigilo na Justiça. Cassol nega envolvimento.
Antes, o Estado ficou conhecido pela rebelião do presídio Urso Branco em 2004,
quando 15 presos foram
mortos (corpos e cabeças extirpadas foram exibidos) e
pelo massacre dos sem-terra
em Corumbiara, em 1995.
Rondônia também figura
na lista dos desmatamentos.
Um dos responsáveis pela investigação que culminou em
2005 na Operação Curupira,
contra desmatamento ilegal
na Amazônia, o procurador
Mário Lúcio Avelar afirmou
que existe uma ramificação
da quadrilha em Rondônia:
"Ali é só crime. Há uso de
guias de transportes falsas,
furtadas, calçadas para tirar
madeira de forma ilícita".
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