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No "JN", Alckmin defende política de segurança e promete baixar IR
Candidato tucano diz que estuda ampliar faixa de isenção do Imposto de Renda
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Num dia marcado por novos
ataques do PCC, a crise da segurança de São Paulo consumiu
um terço dos quase 12 minutos
da entrevista concedida pelo
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ao "Jornal Nacional", da Rede Globo.
Mais uma vez, Alckmin tentou federalizar a crise ao afirmar que "todas as grandes cidades brasileiras têm problemas
de segurança". Mas usou a primeira pessoa do plural ao defender firmeza no combate ao
crime. "Não podemos retroagir. Não devemos retroagir. Temos o dever de enfrentar", disse ele, pouco antes de pregar
uma legislação rigorosa para
"apertar o crime organizado".
Após lembrar a prisão de 90
mil no Estado, Alckmin insistiu
no discurso de que os ataques
são uma reação à política adotada pelo seu governo. Segundo
ele, são " verdadeiras máfias,
tentando fazer o governo recuar". "Essa questão dessa noite, já foram 12 presos, dois mortos no combate e esses 12 vão
dizer quem mandou", disse.
Mais tarde, à Globonews,
Alckmin disse estudar ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, de R$ 1.357,12
para R$ 2.000. "Dá para subir.
Tributar assalariado com renda
menor de R$ 2.000..."
Também à Globonews, Alckmin disse que "do jeito que está, é melhor acabar com a reeleição". Na chegada ao Rio, voltou a insinuar motivação política - "uma estranha coincidência com o momento eleitoral"
- para a nova onda de ataques.
"Interessante. Sempre em época de eleição é que acontecem
essas coisas." O tucano acusou
o governo federal de não destinar R$ 100 milhões prometidos
a São Paulo.
Ao "JN", numa entrevista em
que teve até de explicar a ligação do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) com o publicitário Marcos Valério - "Não
tenho compromisso com erro",
disse - Alckmin fez malabarismo com números. Ao justificar
os anúcios da Nossa Caixa em
publicações de aliados, disse
que o orçamento deste ano para a publicidade é menor do que
em 2005. Só omitiu que, no primeiro semestre, o governo dobrou os gastos em relação ao
mesmo período de 2005.
Alckmin disse que, dos 69 pedidos de abertura de CPI na Assembléia, "a maioria nem se relaciona com o governo do Estado". São 37. Cobrado a explicar
por que o governo tucano não
deu reajustes significativos a
aposentados - "Um erro não
justifica o outro" -Alckmin
chamou de incorreto o critério
de um governo que "que não
tem R$ 7 bilhões para quem ganha pouco, mas tem R$ 9,5 bilhões para completar o fundo
de pensão da Petrobras".
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