São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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No "JN", Alckmin defende política de segurança e promete baixar IR

Candidato tucano diz que estuda ampliar faixa de isenção do Imposto de Renda

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

Num dia marcado por novos ataques do PCC, a crise da segurança de São Paulo consumiu um terço dos quase 12 minutos da entrevista concedida pelo candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ao "Jornal Nacional", da Rede Globo.
Mais uma vez, Alckmin tentou federalizar a crise ao afirmar que "todas as grandes cidades brasileiras têm problemas de segurança". Mas usou a primeira pessoa do plural ao defender firmeza no combate ao crime. "Não podemos retroagir. Não devemos retroagir. Temos o dever de enfrentar", disse ele, pouco antes de pregar uma legislação rigorosa para "apertar o crime organizado".
Após lembrar a prisão de 90 mil no Estado, Alckmin insistiu no discurso de que os ataques são uma reação à política adotada pelo seu governo. Segundo ele, são " verdadeiras máfias, tentando fazer o governo recuar". "Essa questão dessa noite, já foram 12 presos, dois mortos no combate e esses 12 vão dizer quem mandou", disse.
Mais tarde, à Globonews, Alckmin disse estudar ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, de R$ 1.357,12 para R$ 2.000. "Dá para subir. Tributar assalariado com renda menor de R$ 2.000..."
Também à Globonews, Alckmin disse que "do jeito que está, é melhor acabar com a reeleição". Na chegada ao Rio, voltou a insinuar motivação política - "uma estranha coincidência com o momento eleitoral" - para a nova onda de ataques. "Interessante. Sempre em época de eleição é que acontecem essas coisas." O tucano acusou o governo federal de não destinar R$ 100 milhões prometidos a São Paulo.
Ao "JN", numa entrevista em que teve até de explicar a ligação do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) com o publicitário Marcos Valério - "Não tenho compromisso com erro", disse - Alckmin fez malabarismo com números. Ao justificar os anúcios da Nossa Caixa em publicações de aliados, disse que o orçamento deste ano para a publicidade é menor do que em 2005. Só omitiu que, no primeiro semestre, o governo dobrou os gastos em relação ao mesmo período de 2005.
Alckmin disse que, dos 69 pedidos de abertura de CPI na Assembléia, "a maioria nem se relaciona com o governo do Estado". São 37. Cobrado a explicar por que o governo tucano não deu reajustes significativos a aposentados - "Um erro não justifica o outro" -Alckmin chamou de incorreto o critério de um governo que "que não tem R$ 7 bilhões para quem ganha pouco, mas tem R$ 9,5 bilhões para completar o fundo de pensão da Petrobras".


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