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Aécio diz que é preciso "dar tempo" a Serra
Governador mineiro, que veio a São Paulo para apoiar Alckmin, diz que tucanos precisam entender as razões do colega paulista
Aécio diz que a relação entre Serra e Kassab não causa desconforto, pois "ele foi sucedido pelo vice" e tem aliados "na administração"
ANA FLOR
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Em visita para declarar apoio
à candidatura do tucano Geraldo Alckmin, o governador de
Minas Gerais, Aécio Neves
(PSDB), disse ontem que é preciso "compreender as circunstâncias" do governador José
Serra (SP), que ainda não fez
aparições ao lado de Alckmin.
A candidata Marta Suplicy
(PT) ironizou o fato de Aécio
dar demonstração pública de
apoio aos tucanos paulistanos
antes do governador paulista.
Alckmin e Aécio saíram na
chuva para tomar um café no
centro da cidade. Aécio disse
que a posição de Serra -que informalmente apóia o atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM)-
"não causa desconforto" aos tucanos. "Ele foi prefeito da capital, foi sucedido pelo seu vice,
tem pessoas ligadas a ele na administração [municipal]." "Ele
[Serra] saberá construir essa
transição naturalmente, vamos
dar tempo ao tempo", disse.
Em evento de campanha, ao
ser questionada sobre a visita
de Aécio, Marta Suplicy aproveitou para explorar o fato de o
governador paulista não estar
presente nos eventos de Alckmin. "Certamente ficará a indagação de por que o governador
do Estado dele [Alckmin] não
vai na caminhada", disse.
Aécio negou qualquer relação entre as eleições municipais e a sucessão presidencial
de 2010 -na qual ele e Serra
são considerados concorrentes
à vaga tucana. Disse que a coligação PSDB-DEM para 2010
não será afetada por rivalidades
municipais. "Não é uma eventual disputa, sobretudo como
se dará em São Paulo, que, em
razão da personalidade dos
candidatos Geraldo [Alckmin]
e Kassab, será de alto nível."
Alckmin, por sua vez, disse
que "todos virão" para sua campanha. Segundo o candidato,
ele irá se encontrar com o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. "Estamos fazendo um
café solidário", disse. "Dividi
hoje [um café] com o Aécio, vou
dividir com o Fernando Henrique e, depois, vou dividir com o
Serra", disse ele, fazendo menção à redução no consumo de
café, orientação que segue desde sua internação para tratar de
uma inflamação no intestino.
Os médicos proibiram a ingestão de cafezinhos, doces e quitutes. O ex-governador paulista
estava habituado a tomar 25 cafés por dia durante os períodos
de campanha eleitoral.
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