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Atos inibirão reajuste de tarifa, diz prefeito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O prefeito de Salvador, Antonio
Imbassahy (PFL), 53, não acredita
que os seus colegas das grandes
cidades tenham coragem de reajustar as tarifas de ônibus nos próximos meses, depois dos incidentes ocorridos na capital baiana.
Há uma semana, estudantes fazem manifestações diárias, bloqueando as principais vias da terceira maior cidade do país, por
causa do aumento da tarifa dos
ônibus, reajustada para R$ 1,50.
"Quero ver que prefeito vai ter a
coragem de aumentar a tarifa, depois de tudo que aconteceu em
Salvador", disse. Preocupado
com a situação -os estudantes
prometem fazer novos protestos,
até que a tarifa volte para R$
1,30-, Imbassahy quer dividir o
ônus com os governos federal e
estadual. "Vou apresentar um pacote ao governo federal com propostas para a desoneração das tarifas", acrescentou.
Pela proposta, a tarifa básica nas
grandes cidades poderia ser reduzida em até 35%, de acordo com o
secretário dos Transportes Urbanos de Salvador, Ivan Barbosa.
"Vamos pedir que o governo federal reduza o IPI sobre as peças
de reposição e cobre um preço diferenciado do óleo diesel. O governo estadual entraria com a redução do ICMS. Os municípios
reduziriam o ISS e o percentual da
taxa administrativa cobrada das
empresas", disse o prefeito.
Para Imbassahy, somente a renúncia fiscal pode reduzir o preço
das tarifas. "A outra alternativa,
que jamais farei, seria manter
uma tarifa aviltada e colocar em
risco a vida da população." "Com
a implementação do pacote, a tarifa em Salvador poderia ser reduzida para R$ 1", disse Barbosa.
(LF)
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