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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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Atos inibirão reajuste de tarifa, diz prefeito

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL), 53, não acredita que os seus colegas das grandes cidades tenham coragem de reajustar as tarifas de ônibus nos próximos meses, depois dos incidentes ocorridos na capital baiana. Há uma semana, estudantes fazem manifestações diárias, bloqueando as principais vias da terceira maior cidade do país, por causa do aumento da tarifa dos ônibus, reajustada para R$ 1,50.
"Quero ver que prefeito vai ter a coragem de aumentar a tarifa, depois de tudo que aconteceu em Salvador", disse. Preocupado com a situação -os estudantes prometem fazer novos protestos, até que a tarifa volte para R$ 1,30-, Imbassahy quer dividir o ônus com os governos federal e estadual. "Vou apresentar um pacote ao governo federal com propostas para a desoneração das tarifas", acrescentou.
Pela proposta, a tarifa básica nas grandes cidades poderia ser reduzida em até 35%, de acordo com o secretário dos Transportes Urbanos de Salvador, Ivan Barbosa. "Vamos pedir que o governo federal reduza o IPI sobre as peças de reposição e cobre um preço diferenciado do óleo diesel. O governo estadual entraria com a redução do ICMS. Os municípios reduziriam o ISS e o percentual da taxa administrativa cobrada das empresas", disse o prefeito.
Para Imbassahy, somente a renúncia fiscal pode reduzir o preço das tarifas. "A outra alternativa, que jamais farei, seria manter uma tarifa aviltada e colocar em risco a vida da população." "Com a implementação do pacote, a tarifa em Salvador poderia ser reduzida para R$ 1", disse Barbosa. (LF)


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