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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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Bandeiras do PT tornam protesto em Aparecida vermelho e branco

ELIANE MENDONÇA
DAS REGIONAIS, EM APARECIDA

Uma ofensiva publicitária organizada pelo PT fez com que as cores vermelho e branco tomassem o pátio da Basílica Nacional de Aparecida, ontem, roubando a cena do tradicional verde e amarelo que costuma predominar nas comemorações e manifestações do Dia da Independência.
Os manifestantes exibiram bandeiras do PT e da CUT, que foram distribuídas pelo diretório do partido em Guaratinguetá (SP), e faixas com frases pouco incisivas, que traziam reivindicações dos movimentos populares, como educação para os afrodescendentes e criação de empregos.
Com isso, o Grito dos Excluídos, ato realizado há nove anos, sempre no Sete de Setembro, mais parecia um evento de apoio ao governo petista do que um protesto contra as desigualdades sociais. A única faixa dirigida ao presidente fazia referência à Alca (Área de Livre Comércio das Américas) com a frase: "Lula, queremos ver o plebiscito sobre a Alca acontecer".
Segundo a basílica, 80 mil pessoas passaram pelo santuário ontem. Já o ato do Grito teve a participação de 7.000 manifestantes, segundo a PM. Uma missa foi celebrada pelo cardeal-arcebispo de Aparecida, d. Aloísio Lorscheider.
De acordo com o presidente do PT, José Genoino, a presença marcante do PT foi resultado da orientação que o partido fez à sua Secretaria de Mobilização, pedindo para distribuir bandeiras e material publicitário do partido.
Também estavam presentes ao ato o coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, e o presidente da CUT, Luiz Marinho.
Stedile disse que espera que o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) cumpra sua promessa de transferir os líderes do MST José Rainha Jr. e Felinto Procópio dos Santos, o Mineirinho, para um presídio menos perigoso, no interior do Estado. "Eles não são criminosos nem foram condenados. Um habeas corpus está tramitando no STJ. No entanto, a decisão de mantê-los em um presídio de segurança máxima foi tomada para humilhar o MST."


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