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Bandeiras do PT tornam protesto em Aparecida vermelho e branco
ELIANE MENDONÇA
DAS REGIONAIS, EM APARECIDA
Uma ofensiva publicitária organizada pelo PT fez com que as cores vermelho e branco tomassem
o pátio da Basílica Nacional de
Aparecida, ontem, roubando a
cena do tradicional verde e amarelo que costuma predominar nas
comemorações e manifestações
do Dia da Independência.
Os manifestantes exibiram bandeiras do PT e da CUT, que foram
distribuídas pelo diretório do partido em Guaratinguetá (SP), e faixas com frases pouco incisivas,
que traziam reivindicações dos
movimentos populares, como
educação para os afrodescendentes e criação de empregos.
Com isso, o Grito dos Excluídos,
ato realizado há nove anos, sempre no Sete de Setembro, mais parecia um evento de apoio ao governo petista do que um protesto
contra as desigualdades sociais. A
única faixa dirigida ao presidente
fazia referência à Alca (Área de Livre Comércio das Américas) com
a frase: "Lula, queremos ver o plebiscito sobre a Alca acontecer".
Segundo a basílica, 80 mil pessoas passaram pelo santuário ontem. Já o ato do Grito teve a participação de 7.000 manifestantes,
segundo a PM. Uma missa foi celebrada pelo cardeal-arcebispo de
Aparecida, d. Aloísio Lorscheider.
De acordo com o presidente do
PT, José Genoino, a presença
marcante do PT foi resultado da
orientação que o partido fez à sua
Secretaria de Mobilização, pedindo para distribuir bandeiras e material publicitário do partido.
Também estavam presentes ao
ato o coordenador nacional do
MST, João Pedro Stedile, e o presidente da CUT, Luiz Marinho.
Stedile disse que espera que o
governador Geraldo Alckmin
(PSDB-SP) cumpra sua promessa
de transferir os líderes do MST José Rainha Jr. e Felinto Procópio
dos Santos, o Mineirinho, para
um presídio menos perigoso, no
interior do Estado. "Eles não são
criminosos nem foram condenados. Um habeas corpus está tramitando no STJ. No entanto, a decisão de mantê-los em um presídio de segurança máxima foi tomada para humilhar o MST."
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