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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
Sr. Ausente
As campanhas de Lula e de diversos candidatos que
lideram a disputa em seus Estados, muitos dos quais
inclinados, como o presidente, a não comparecer ao
debate da Rede Globo, estão de cabelo em pé com uma
das regras em discussão. Segundo negociadores dos
partidos, a emissora sugere que os faltosos, além de
contemplados com a famosa cadeira vazia, possam
ser alvo de perguntas dos adversários. Em um dos formatos em exame, os candidatos presentes no estúdio
teriam direito inclusive a apresentar réplica às "não-respostas" do ausente. Os debates da Globo ocorrerão
às vésperas do primeiro turno -o dos governadores,
dois dias antes do programa dos presidenciáveis.
Trocando as bolas. A
ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) saiu tão apressada do
desfile de 7 de Setembro que
acabou entrando no carro oficial errado. Só quando já havia
fechado a porta deu-se conta
de que o veículo era o da colega Marina Silva (Meio Ambiente). Pediu desculpas e
saiu, envergonhada.
Poderio. Na reunião de
quarta-feira com Lula, o
PMDB governista levou um
mapa com as previsões eleitorais do partido. Os presentes
pintaram um cenário em que
a sigla faria oito governadores, de 88 a 95 deputados e 7
senadores (o que levará a bancada a cair de 25 para 23).
De olho. O Planalto acompanha com atenção o litígio
entre os tucanos Tasso Jereissati e Lúcio Alcântara. Na reunião com os peemedebistas, o
ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) perguntou se o governador cearense
não poderia aportar no
PMDB. A resposta ficou no ar.
Eu, não. Orestes Quércia
avisa que não comparecerá ao
encontro de Lula com lideranças do PMDB na próxima
semana em São Paulo. O candidato ao governo, que direciona sua propaganda contra
o PSDB, diz não apoiar ninguém na disputa presidencial.
Linha dura. A Justiça
Eleitoral do Paraná proibiu o
governador Roberto Requião
(PMDB), candidato à reeleição, de distribuir bandeiras
nacionais na cerimônia local
pelo 7 de Setembro.
Quem? Depois de visitar
uma favela ontem no Rio, Geraldo Alckmin gravava cena
para seu programa de TV
quando foi abordado pelos
ocupantes de um carro. O tucano já ia acenar, mas o motorista disparou: "Por favor, o
senhor sabe como eu faço para pegar a avenida Brasil?".
Topa tudo. Segundo colocado no Paraná, Osmar Dias
(PDT) já desfilou com o correligionário Cristovam Buarque, Alckmin e Lula. Dos
principais presidenciáveis, só
falta Heloísa Helena (PSOL).
Serviços gerais. A campanha à reeleição de Luiz Henrique (PMDB-SC) festeja a tática de usar o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, como
sparring na disputa com Esperidião Amin. Desde que se
licenciou do cargo, o tucano é
o responsável por bater boca
com o candidato do PP.
Chumbo. Relator do processo de Ney Suassuna
(PMDB-PB), Jefferson Péres
(PDT-AM) confidenciou a colegas que considera fortes as
evidências contra o senador.
Febeapá 1. Aguarda sanção ou veto de Gilberto Kassab (PFL) projeto aprovado
pela Câmara paulistana, de
autoria de Agnaldo Timóteo
(PP), que dedica o dia 6 de
agosto "à lembrança de velhos
Carnavais e das vitórias do
Brasil em Copas do Mundo".
Febeapá 2. Recém-vetado
pelo prefeito, outro projeto,
de Antonio Carlos Rodrigues
(PL), proibia os munícipes de
subirem em vasos sanitários.
Em todos os banheiros públicos da cidade deveria ser afixada uma placa explicando:
"Este vaso sanitário, por ser
confeccionado em louça, não
suporta peso concentrado".
Tiroteio
"Quero me solidarizar com o Fernando Henrique
pelo que o PSDB tem feito com ele. Só querem
que o ex-presidente fique em Nova York
fazendo palestras. Levem-no para o palanque!"
Do governador do Acre, JORGE VIANA (PT), ironizando o fato de a campanha tucana evitar associação entre Geraldo Alckmin e FHC.
Contraponto
Numa fria
Os deputados do PSOL Chico Alencar (RJ), Orlando
Fantazzini (SP) e Ivan Valente (SP) conversavam sobre a
campanha eleitoral no plenário da Câmara. Animado,
Alencar comentava o desempenho da nova sigla no Rio.
-A receptividade em São Paulo também é boa. O problema é o tempo mínimo de TV-, lamentou Fantazzini.
-Somos um dos poucos partidos com campanha de rua,
mas nosso inimigo é a frente...- completou Valente.
-Frente de esquerda?- interrompeu Alencar.
-Não! A frente fria! O povo passa nas ruas geladas com
as mãos enfiadas no bolso da calça ou do casaco. Precisa
ter muita coragem para tirar e pegar nossos panfletos.
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