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O Brasil que sai das urnas
O primeiro turno das eleições para os governos
estaduais e a Presidência da República e as eleições legislativas indicam o avanço político das
chamadas esquerdas, que fazem oposição ao governo federal, e mostram a rejeição do eleitor a caciques políticos tradicionais, que não se elegeram.
Dos 12 Estados em que a eleição estadual foi definida no primeiro turno, partidos de orientação
de esquerda (PT, PPS e PSB) venceram em 7.
Além disso, no segundo turno nos Estados, as
oposições estão presentes em 11 disputas, em 8
delas com candidatos do PT.
Luiz Inácio Lula da Silva não venceu no primeiro turno, como apostou o PT, mas foi o mais votado em 24 das 27 unidades da Federação. Perdeu
apenas no Rio de Janeiro para Anthony Garotinho (PSB), em Alagoas para José Serra (PSDB) e
no Ceará para Ciro Gomes (PPS).
O Congresso assistirá à chegada da maior bancada de esquerda desde a redemocratização do
país. Cálculos preliminares indicam que o PT pode ter eleito até 93 deputados federais, contra os
atuais 58. No Senado, a bancada petista foi a que
registrou maior crescimento: passou de oito para
14 cadeiras, enquanto o PSDB ficará com 11.
O PT, porém, sofreu reveses em três Estados
que governa: no Rio, Benedita da Silva foi derrotada no primeiro turno por Rosinha (PSB). No
Rio Grande do Sul, Tarso Genro ficou em segundo lugar, atrás de Germano Rigotto (PMDB). Em
Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, favorito ao primeiro turno segundo as pesquisas, irá disputar o
segundo turno com Marisa Serrano (PSDB).
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