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Força Sindical racha entre Lula e Serra
CLAUDIA ROLLI
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
A Força Sindical ainda não decidiu se vai apoiar Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) ou José Serra
(PSDB) no segundo turno das
eleições -a posição oficial só será
definida na próxima segunda-feira. A demora se deve ao racha na
preferência dos sindicalistas. Isso
pode até levar a central a liberar o
voto -ao contrário do que ocorreu no primeiro turno, quando a
central sindical apoiou o presidenciável Ciro Gomes (PPS).
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, vice na chapa de Ciro, que
volta à presidência da Força Sindical na próxima semana, diz que,
desde a última sexta-feira, está
sendo procurado por tucanos e
petistas. "Não temos pressa na decisão porque não vamos negociar
cargos. Nossa intenção é discutir
o combate ao desemprego com os
dois candidatos", diz Paulinho.
Na Força, Lula já conta com
apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, do Sindicato dos
Aeroviários do Estado de São
Paulo e da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo
desde o primeiro turno. A Folha
apurou que a Federação dos Químicos do Estado de São Paulo,
que apoiou Ciro, deve anunciar
sua preferência pelo petista ainda
nesta semana. A entidade reúne
33 sindicatos e representa cerca
de 100 mil trabalhadores nos ramos químico e farmacêutico.
Do lado tucano estão o Sindicato de Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo e sindicalistas da confederação e da federação dos trabalhadores na indústria de alimentação de São Paulo,
que ocupam cargos na direção
executiva da Força.
Na CUT (Central Única dos
Trabalhadores), uma reunião
prevista para hoje no comitê sindical de Lula deve definir estratégias para buscar apoio ao petista,
principalmente nas periferias dos
centros urbanos e no interior do
país. "Nossa orientação é para
apoiar Lula. Mas os diretores dos
sindicatos têm liberdade de opção. Caso do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos,
que é cutista, mas que apoiou José
Maria de Almeida, do PSTU", diz
João Felício, presidente da central. "Duvido, entretanto, que um
sindicalista da CUT defina seu
apoio ao Serra", completa.
A SDS (Social Democracia Sindical) vai manter seu apoio a Serra. "Não vamos mudar nossa posição. Se Lula ganhar, o país vai
parar, porque ele é fraco não tem
opinião definida sobre os problemas mais graves", afirma Enilson
Simões de Moura, presidente da
central sindical.
O secretário-geral da CGT
(Confederação Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, informa que deve definir na próxima
semana quem terá o apoio da central no segundo turno.
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