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Estados descartam IPI seletivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O governador de Minas Gerais,
Aécio Neves, disse ontem após
audiência com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que os Estados rejeitam as propostas de IPI
seletivo e de alteração da Cide.
No caso da Cide, Aécio voltou a
defender que sua repartição entre
União, Estados e municípios seja
feita por medida provisória, não
pela emenda constitucional da reforma, destinando 18,75% da receita aos Estados e 6,25% aos municípios: "Um retrocesso em relação a isso certamente cria dificuldades na construção de outros
compromissos", disse. Sobre o
IPI seletivo, Aécio afirmou que a
proposta chegou tarde demais.
O governador do Rio Grande do
Sul, Germano Rigotto (PMDB),
rejeitou a proposta de mudar a
base de incidência do IPI e do
ICMS, pela qual a União cobraria
IPI só sobre combustíveis, fumo e
bebidas; a venda dos demais produtos seria tributada pelo ICMS.
"Nada contra mudanças no IPI.
Tudo bem quanto a bebida, cigarro e automóveis. Mas combustível é inadmissível. O combustível
é um dos pilares do ICMS, e isso
nunca esteve em discussão", disse
Rigotto. "Isso seria absurdamente
ruim para os Estados. Não tem
chance de prosperar", declarou.
A governadora do Rio Grande
do Norte, Wilma de Faria (PSB),
disse que "a proposta contradiz o
compromisso do presidente Lula
de combater as desigualdades regionais, sobretudo as que atingem
o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste". Segundo ela, "o governo
acena com uma mudança (...) repassando para os Estados o encargo dessa tributação, como se
isso fosse um avanço", afirmou.
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