DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após nove horas de reunião, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado concluiu ontem a votação da reforma da Previdência, com a rejeição de todas as emendas propondo mudanças do texto. Agora, começa a tramitação em plenário, fase em que a oposição espera contar com votos para alterar a reforma, principalmente quanto às regras do subteto salarial dos Estados.
A reforma será lida em plenário hoje, para que o parecer seja publicado no ""Diário do Senado Federal" e incluído na ordem do dia.
Pelos cálculos dos líderes governistas, a votação, em dois turnos, será concluída no Senado na primeira quinzena de novembro.
A oposição discorda. ""A votação só terminará de 5 a 12 de dezembro. Não vamos concordar com a suspensão de nenhum prazo regimental. A boa vontade termina aqui", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
A votação da previdenciária na CCJ se prolongou por três semanas. A sessão de votação do texto-base do parecer do relator, Tião Viana (AC), durou 16 horas.
Hoje, Viana pretende apresentar a PEC (proposta de emenda constitucional) com alterações da reforma supostamente negociadas com PFL e PSDB.
A intenção é que as mudanças sejam feitas por meio da PEC e que a reforma aprovada pela Câmara seja aprovada sem alterações, para evitar nova votação pelos deputados. O PFL e o PSDB decidiram não assiná-la porque querem mudar o próprio texto. (RAQUEL ULHÔA)


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